Política

OPERAÇÃO BUONA FORTUNA DA PF: Delfim Neto é um dos investigados

Mais uma fase da Operação Lava Jato a de número 49
Da Redação , Salvador | 09/03/2018 às 09:56
Delfim teria embolsado R$15 milhões da obra de Belo Monte
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A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (9/3) a 49ª fase da Operação Lava Jato, denominada Operação Buona Fortuna, para investigar pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos e políticos por parte de consórcio de empreiteiras diretamente interessado nos contratos de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte.

Policiais Federais cumprem 9 mandados de busca e apreensão, nos estados do Paraná e São Paulo. Os mandados judiciais foram expedidos pelo Juízo Titular da 13ª Vara Federal de Curitiba/PR.

As investigações realizadas até o momento identificaram modus operandi semelhante ao já investigado nas demais fases da Operação Lava Jato

Representantes da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Receita Federal concederão uma coletiva de imprensa, que será realizada no auditório da PF, em Curitiba, às 10h.

Cumpre nove mandados de busca e apreensão, em Curitiba (PR), São Paulo, Guarujá (SP) e Jundiaí (SP). As investigações apuram propina para favorecer o consórcio que venceu a licitação para construção da Usina de Belo Monte, no Pará.

Um dos alvos de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) é a casa de Antônio Delfim Netto, ex-ministro da Fazenda, da Agricultura e do Planejamento e ex-deputado federal.

Ele é suspeito de receber 10% dos valores que as empresas teriam pago para serem beneficiados pelo contrato. Os outros 90% seriam divididos entre PMDB e PT.

O nome de Delfim Netto apareceu na delação de Flário Barra, ex-executivo da Andrade Gutierrez. O delator afirmou ter pago R$ 15 milhões ao político. Nesta sexta, o Ministério Público Federal (MPF) relatou ter rastreado valores superiores a R$ 4 milhões.

O dinheiro pago a Delfim foi uma gratificação por sua atuação na montagem do consórcio de empresas, segundo delação de Barra. O valor foi depositado por meio de contratos fictícios de empresas de um sobrinho, Luiz Apollonio Neto. Na época, o advogado Maurício Leite declarou que Delfim Netto sempre prestou consultoria e recolheu todos os impostos de acordo com a lei.