DEM faz lana ousado na politica nacional
Da Redação , Salvador |
08/03/2018 às 12:28
ACM Neto candidato a governador e Rodrigo Maia a presidente
Foto: DIV
Em convenção realizada nesta quinta-feira (8) em Brasília, o DEM aprovou sua nova cúpula e elegeu presidente nacional da legenda o prefeito de Salvador ACM Neto. É a arracada de Neto para ser candidato a governador da Bahia, anúncio que será feito dia 16 de março, segundo deputado estadual confidenciou ao Bahia Já.
ACM Neto vai substituir o senador José Agripino (RN), que ficou sete anos no comando do partido. Em dezembro, Agripino se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) sob a acusação de corrupção e lavagem de dinheiro.
A convenção acontece em um auditório na Câmara dos Deputados. A previsão é que durante o evento também ocorra o lançamento da pré-candidatura do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), à presidência da República.
Se confirmada a candidatura de Maia, será a primeira vez depois das eleições de 1989 que o DEM lançará candidato próprio à presidência. Naquele ano, Aureliano Chaves disputou a presidência pelo extinto PFL, que virou DEM em 2007. Desde então, o partido tem sido aliado do PSDB nas eleilões.
Integrante da base do presidente Michel Temer, o DEM tenta se descolar do Palácio do Planalto para viabilizar o nome de Maia até junho, quando as legendas fazem as convenções para oficializar os candidatos que entrarão na corrida eleitoral.
Na convenção desta quinta-feira, também deverá ser divulgado um manifesto com as prioridades do partido na área econômica e social para o país.
MAIA PRESIDENTE
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), lança nessa quinta-feira sua pré-candidatura à Presidência da República durante convenção nacional dos Democratas, em Brasília. A ideia central é se apresentar como uma opção híbrida de centro: na economia estará ligada a preceitos liberais, de enxugamento do Estado e reduzido intervencionismo econômico, mas com forte destaque para o lado social, com frases de apelo aos mais pobres, típicas da esquerda.
Em conversa com O GLOBO, Maia avaliou que o Brasil vive o fim de um ciclo político, que se iniciou em 1985, com a redemocratização. E alfinetou Temer sobre a hipótese de ele tentar uma reeleição ao Palácio do Planalto.
— A Nova República está acabando agora, e o que a gente quer representar é esse novo momento. O governo sempre falou que era de transição. Não era isso que estava escrito lá [no documento Ponte para o Futuro]? Eles não iam fazer a ponte, que o Fernando Henrique chamou de pinguela? Está cumprindo essa missão. Agora, a nossa geração, que nunca governou o Brasil, quer ter a oportunidade de compreender esse momento, projetar o futuro e construir o novo ciclo da política brasileira — diz Maia.
Embora admita que que só oficializará sua corrida ao Planalto caso consiga se viabilizar eleitoralmente até junho deste ano, ele evita estabelecer qual seria o piso nas pesquisas de intenções de voto para se considerar apto à disputa.
— Não tem um percentual. A viabilidade é você gerar a percepção para as pessoas que você construiu um projeto correto para enfrentar as eleições — afirmou.