Política

HILTON diz: vereador obscuro tenta ir contra autonomia universitária

Hilton sonha com a mobilização da sociedade
Da Redação , Salvador | 04/03/2018 às 10:12
Hilton Coelho vereador do PSOL
Foto:
   Diante dos ataques desferidos contra as universidades que oferecerão como matérias “O Golpe de 2016 e o Futuro da Democracia no Brasil”, o vereador Hilton Coelho expressou sua solidariedade e apoio às instituições acadêmicas, em especial a Universidade Federal da Bahia (UFBA). “O ministro da Educação Mendonça Filho se posicionou como censor ao atacar a iniciativa da Universidade de Brasília (UnB) que através do cientista político Luiz Felipe Miguel oferece como matéria a possibilidade de estudar e refletir o ataque à democracia que ocorre neste momento no Brasil. A covardia não ficou só em Brasília. Aqui na Bahia, um obscurantista e obscuro vereador entrou na Justiça contra a autonomia universitária”, afirma o legislador.

Para Hilton Coelho, que é mestre em História pela UFBA, “quem tem a temer e por isso querem censurar o debate são os golpistas e os fascistas que não possuem o poder da argumentação e do confronto de ideias. Respeitam apenas o poder do autoritarismo. Atacar a autonomia universitária representa um ataque à sociedade e à democracia. Na Bahia, o historiador Carlos Zacarias, responsável pela disciplina da UFBA, que reunirá, ao todo, 23 professores da instituição e deve iniciar suas atividades em abril, está recebendo mensagens preconceituosas, xenófobas e ameaçadoras contra a sua integridade e a de sua família. O discurso do ódio precisa ser combatido e não incentivado como faz o vereador Alexandre Aleluia, do DEM, mesmo partido do prefeito ACM Neto. Está provador, o autoritarismo é hereditário em alguns casos”.

O líder do DEM na Câmara Municipal de Salvador, vereador Alexandre Aleluia, ingressou, na sexta-feira (2), com ação popular na 16ª Vara Federal em Salvador para suspender a disciplina "Tópicos Especiais em História: O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil", que será oferecida pelo Departamento de História da UFBA. Ao menos 10 universidades públicas possuem interesse em ministrar cursos sobre o golpe de 2016 e sua ação quer impedir que isso ocorra.

“A sociedade precisa se mobilizar e defender a autonomia universitária e o direito à livre expressão. Há um avanço das forças conservadoras sobre o conjunto de direitos que conquistamos com muita luta. As atividades artísticas e acadêmicas estão sendo cerceadas de modo rotineiro. A exposição cancelada no Santander, a performance no MAM, os protestos contra a visita de Judith Butler e, agora, a ameaça contra a implantação de uma disciplina na grade curricular das universidades demonstram que a democracia está em risco e que devemos resistir. Manifestamos mais uma vez nosso total apoio, solidariedade e participação militante na luta em defesa da Universidade e da democracia”, conclui Hilton Coelho.