Política

OPOSIÇÃO já tem 20 assinaturas para protocolar CPI da Arena Fonte Nova

Bancada governista defende Wagner e diz que confia no ex-governador. Luciano diz que são discurso sem consistência e apenas de natureza politica,
Tasso Franco , da redação em Salvador | 27/02/2018 às 16:33
Luciano Ribeiro, lider da Oposição: "Os fatos apontados pela `PF são graves"
Foto: BJÁ
   O novo lider da Oposição na Assembleia Legislativa, deputado Luciano Ribeiro (DEM) informou nesta tarde de terça-feira, 27, ao Bahia Já, que a bancada que comanda já conta com 20 asssinaturas para protocolar junto à Mesa Diretora da Casa uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os possíveis superfaturamentos e desvios de verbas apontados pela Policia Federal na obra da Arena Fonte Nova.

   Segundo a PF, os ilicitos envolvem o ex-governador Jaques Wagner, o atual secretário de governo, Bruno Dauster, e o empresário Carlos Daltro. "Estamos faltando apenas uma assinatura para atingir o número regimental de 21 deputados para darmos entrada na CPI", esclareceu o parlamentar demista.

   Segundo apurado pelo BJÁ, da bancada da oposição só quem ainda não assinou foi o deputado Samuel Júnior, PSC, integrante da ala evangélica ligado a Assembleia de Deus. Luciano diz que está cofiante na assinatura de Samuel, pois, a CPI é muito importante para esclarecer esses fatos relacionados pela Policia Federal que, inclusive, havia solicitado a prisão de Wagner e Dauster.

   O líder da Oposição disse, ainda, que a defesa feita pelo próprio Wagner em entrevista à imprensa, bem como de parlamentares na Assembleia, não vão ao âmago da questão e estão relacionadas a questões periféricas (TV Bahia que chegou lá) e discursos de natureza politica subjetiva falando-se em honestidade e honorabilidade. 

   "Ora, o que a CPI vai saber é onde foram colocados os R$82 milhões citados no inquérito da PF, que eleição e quais candidatos foram beneficiados e assim por diante". De acordo com o líder, "os fatos são graves e a CPI poderá esclarecê-los ouvindo todas as partes e abrindo o inquérito para que a sociedade conheça".

   DEFESA DE WAGNER

   Na opinião do deputado Zé Raimundo, PT, a  notícia envolvendo o ex-governador Jaques Wagner e o inquérito da PF É "uma trama política que não sabemos de onde vem, mas desconfiamos". 

   O parlamentar petista fez uma análise histórica de alguns acontecimentos relacionados ao comunismo, ao stalinismo e ao fascismo. E citou que "Stálin mandou silenciar os seus opositores", dando a entender que há uma trama nacional para silenciar o PT. "A defesa do companheiro Wagner que faço aqui é em defesa da democracia".

   Para a deputada Fátima Nunes (PT) "setores da Justiça de forma autoritária estão requentando uma noticia sobre o ex-governador Wagner, "reconhecidamente, um político que fez um brilhante trabalho na Bahia e luta pela democracia". 

   Já o deputado Alex Lima (Podemos) comentou que não tem cabimemto um superfaturamento de R$450 milhões (citado pela delegada da PF) numa obra de R$650 milhões, o que, por sí só, já mostra que há um erro na PF.