Com informações Ascom ALBA
Da Redação , Salvador |
05/10/2017 às 08:29
Reunião presidida pela deputada Luiza Maia
Foto: ALBA
Os argumentos dos dirigentes do Núcleo Baiano da Auditoria Cidadã da Dívida Pública impressionaram a todos que participaram dos debates realizados ontem pela manhã na Comissão de Direitos da Mulher, presidida pela deputada Luíza Maia (PT). "Foi apresentado um trabalho minucioso e comprobatório dos fatos que levaram o país a débitos internacionais impagáveis, por causa de incompetência", concordaram os membros do colegiado.
A audiência pública foi tão importante que a própria deputada Luíza Maia garantiu que a partir daquele momento o colegiado que dirige vai integrar também esta associação. Já existe uma sub-comissão de autonomia econômica das mulheres, coordenada pela deputada Neusa Cadore (PT). As deputadas Maria Del Carmen e Fátima Nunes, ambas do PT e Angela Sousa (PSD) também apoiaram a decisão.
Com a participação de um grupo de economistas, os integrantes da associação, que tem núcleos em todo país com base em Brasília, através da dirigente Priscila Martins destacou que “estamos sob uma avalanche de contrarreformas, como a Previdência e a Trabalhista, além da aceleração das privatizações de serviços estratégicos como saúde, educação, energia, comunicações e outros. Os argumentos apresentados pelo governo para estas reformas são mentirosos, como o déficit da Previdência e a decisão de cortar direitos trabalhistas e privatizações para tornar o Estado eficiente".
"A verdadeira razão dessas reformas é retirar direitos da população e desmontar os serviços públicos para que sobrem mais recursos para a chamada dívida pública, que nunca foi auditada como manda a Constituição Federal”, afirmou Priscila Martins, ressaltando que a política monetária tem proporcionado o crescimento da dívida pública.
DÍVIDA
Os dirigentes da associação, Bernado Cortizzo, Denise Carneiro e Maria Fidalgo também foram bastante aplaudidos por abordarem com muita competência o problema da dívida pública do Brasil e o porquê de alguns países como a Grécia, quebrarem financeiramente, levando suas populações à miséria. Maria é filha da deputada Maria Del Carmen e detalhou também a situação da Espanha.
A deputada Luíza Maia lamentou que 40% da receita nacional estejam indo para a dívida pública. Destacou também que há muita incongruência nessa "história, nesse negócio que existe grande débito na Previdência. “Essa decisão nossa de lutar é o primeiro passo para que outras instituições também se incorporem. Estou muito feliz com esse debate, pois estamos vendo a política de tirar os pobres para dar aos ricos. A situação não é brincadeira. Eles conseguem iludir a gente e o povo vai levando a pior. Vocês da Auditoria Pública conseguiram dar um revirada na gente e vamos nos integrar a essa luta”.
A deputada Neusa Cadore (PT), coordenadora da sub-comissão do colegiado das mulheres destacou também que nessa luta “precisamos muitos dos homens. Chegamos a uma condição importante a partir da criação da Secretaria Nacional da Mulher, com muitas políticas elogiadas. Temos que chamar atenção para o debate que tivemos aqui e levar tudo isso para nossas bases”, concluiu Neusa.