Uma comissão de vereadores, tendo à frente os integrantes da Comissão de Saúde, Planejamento Familiar e Previdência Social da Câmara (Duda Sanches, DEM, presidente do colegiado, e César Leite, PSDB), vistoriou, nesta terça-feira, 19, o Hospital da Mulher, antiga Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro de Roma. Acompanharam também a visita Aladilce Souza (PCdoB), Marta Rodrigues (PT), José Trindade (PSL) e Alexandre Aleluia (DEM).
Segundo Duda “temos recebido inúmeras queixas relacionadas ao fechamento da UPA de Roma e à precariedade no atendimento do Hospital da Mulher, o que evidenciam o descaso do Estado com a saúde pública”. “A população na espera da reabertura para atender a demanda da região e o Governo do Estado brincando de fazer de conta”, declarou Cezar.
A UPA de Roma interrompeu as atividades no início de dezembro de 2016 para uma obra de adequação da estrutura, segundo informou a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). À época, o órgão divulgou previsão de reabertura em janeiro de 2017, o que não aconteceu. Nesta quarta-feira, 20, às 18h30min, será realizada uma audiência pública no Centro Cultural da Câmara de Salvador para tratar do tema.
Eficiência
Os legisladores da comissão foram recebidos pelo diretor-geral, Marco Antônio Andrade, que guiou uma visita pela unidade, apresentando dados do atendimento. Para Marta a visita foi importante para confirmar a grande quantidade de casos cuidados pela unidade: cerca de 420 mulheres por dia e aproximadamente 9 mil mensalmente. A ginecologia é a área com maior demanda, para a retirada de miomas. Ao todo, são 27 consultórios e 134 leitos.
De acordo com Andrade cerca de 40% das mulheres atendidas são da capital baiana. “Isso demonstra que este hospital, uma conquista dos movimentos de mulheres e sociais, tem grande importância para a capital baiana e cumpre bem o papel de servir à população soteropolitana” afirmou a petista.
Trindade defendeu que o hospital seja preservado e respeitado por todos que buscam uma saúde de qualidade para o município: “É um equipamento essencial na cidade”.
Volta da UPA
Portando uma placa com a frase “Queremos nossa UPA Cidade Baixa de volta”, Vado Malassombrado (DEM) chamou atenção dos colegas na sessão ordinária desta terça-feira, 19, na CMS, para a campanha da comunidade pela reabertura da Unidade de Pronto Atendimento do bairro de Roma, que deu lugar ao Hospital da Mulher. Ele convocou, por meio da Comissão de Saúde, audiência pública desta quarta-feira, 20.
“Os moradores da Cidade Baixa, assim como os dos bairros de Lobato e Santa Terezinha, estão unidos nessa reivindicação porque estão sendo prejudicados pelo fechamento da UPA, sendo forçados a se dirigir à UPA de San Martin para atendimento”, frisou o democrata.
Segundo ele, o governo estadual prometeu que a unidade seria reativada assim que terminassem as obras do Hospital da Mulher, no antigo PAM Roma, o que até hoje não ocorreu. E deixou claro que se for preciso para sensibilizar o governo estadual os moradores irão também à Assembleia Legislativa ou farão protesto em via pública, com oferta de serviços de saúde.
“Já se passaram 10 meses da promessa e até hoje nada. Os moradores já recorreram até ao Ministério Público, porque a necessidade seria de construção de um hospital para a Cidade Baixa, não reduzir ainda mais a oferta do serviço”, protestou.