Após o bate-boca a sessão foi encerrada
Tasso Franco , da redação em Salvador |
18/09/2017 às 18:14
Targino de dedo em riste para Bira Corôa: "Dobre a lingua"
Foto: BJÁ
Uma forte discussão, bate-boca dos maios extremecidos, aconteceu nesta tarde de segunda-feira, 18, no plenário da Assembleia Legislativa quando o deputado Bira Coroa (PT) insinuou que os R$51 milhões das malas supostamente de Geddel Vieira Lima teriam vinculos com a bancada da Oposição na Assembleia e o deputado Paulo Azi. O deputado Targino Machado (PPS) mandou o parlamentar petista dobrar a língua e respeitar os colegas.
De quebra, como Bira havia citado um valor de R$53 milhões das malas encontradas num prédio de apartamento da Graça, "deles, desse pessoal aí (apontou para a bancada da Oposição), que tem medo de defender Michel Temer e seu apoiador ACM Neto", Targino destacou que Bira Corôa havia endoidado.
"V. Exa. perdeu o juizo e não sabe nem que o valor encontrado nas malas foi de R$51 milhões de 800 mil, relativos a descoberta da Operação Cue Bono de desmandos prováveis de Geddel quando este foi vice-presidente da Caixa, no governo Dilma Rousseff", frisou.
Todos esse embróglio deu-se depois que o deputado Adolfo Viana (PSDB) comentou no plenário que, após 11 anos dos governos petistas na Bahia, finalmente o governador Rui Costa anunciou a recuperação da estrada para Sento Sé e situou: "Não acredito que seja um projeto eleitoreiro e vou torcer para que isso seja verdade". Lembrou, ainda, que o governador nunca pisou os pés em Remanso e a estrada também está acababa.
Em resposta aos comentários de Viana, Rosemberg Pinto, líder do PT na Casa, disse que o governador Rui quer trabalhar, recuperar as estradas, mas, tem algumas figuras que não pensam no estado e sugeriu a Adolfo pedir ao prefeito (relação direta com ACM Neto), "que deixe chegar o dinheiro para recuperar as estradas da Bahia".
Há, como se sabe, um empréstimo de R$600 milhões a ser liberado pelo governo federal para a Bahia, a oposição a Rui destacando que só existem trâmites burocráticos para liberação da verba; e a situação (caso de Rosemberg, por exemplo) dando conta de que a verba não é liberada por boicote de ACM Neto.
Houve réplica e Adolfo comentou que a questão do abandono das estradas, como a violência crescente na Bahia, é de responsabilidade do governo do Estado, o qual considera "incompetente" nas ações administrativas; e só eficiente "na propaganda mentirosa". Adolfo destacou, ainda, que o PT é "uzeiro em transferir responsabilidaded".
Foi aí que entrou Bira Coroa destacando que a Oposição não tem coragem de defender o governo Temer e puxou o caso das malas e dos R$51 milhões, que, para Bira, seriam R$53 milhões. E houve um bafafá com Targino.