Política

Artesãos pedem local para exposição e venda em audiência na CMS

Participantes do encontro destacaram a importância do artesanato para a economia soteropolitana
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 15/09/2017 às 21:34
Artesanato em debate na CMS
Foto: Reginaldo Ipê

A necessidade de criação de um local para a exposição e comercialização de artesanato em Salvador foi um dos assuntos abordados na audiência pública, promovida pela Câmara Municipal na manhã desta sexta-feira, 15, no Centro de Cultura.

Segundo a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), responsável pelo encontro, “o artesanato é um vetor importante da economia em Salvador e a nossa identidade cultural se expressa através desta arte”. Para ela é grande a importância da atividade para a geração de renda, “principalmente para muitas mulheres”.

A comunista defendeu uma política de fomento a essa atividade na cidade, por sua relevância “para o turismo e também para o cooperativismo”. As demandas do setor são enormes e não há um respaldo do poder público, declarou: “Seria necessário um centro de artesanato na cidade”. Além disso “as taxas cobradas pela Prefeitura são muito altas quando os artesãos participam de feiras e outros eventos”.

De acordo com a artesã Edelzuita Maria de Santana Santos o trabalho que realiza não é reconhecido: “Precisamos de políticas públicas respaldadas por uma lei específica para o setor”.

Na opinião de Tatiana Martins, coordenadora estadual de Artesanato do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas na Bahia (Sebrae/BA) “necessitamos fortalecer o setor através do comprometimento dos órgãos públicos envolvidos com a questão. O Sebrae está há muitos anos auxiliando os artesãos na área técnica e capacitando os profissionais em diversas frentes, como na melhoria do design e acesso ao mercado para a comercialização dos seus produtos”.

O evento também foi prestigiado por Rita Maria Matos, delegada do Conselho Nacional de Política Cultural na Bahia. A seu ver “esta discussão é um momento histórico para os profissionais do setor. O artesanato baiano é conhecido no mundo inteiro e precisamos de mais atenção por parte da Prefeitura”.

A mesa de trabalho do evento também foi composta pelo vereador Sílvio Humberto (PSB), presidente da Comissão de Cultura; Luciana Pinheiro, coordenadora de Fomento ao Artesanato da Secretaria Estadual do Trabalho, Renda e Esporte; Jalil Abud, gerente de Projetos da Secretaria Municipal de Trabalho, Esportes e Lazer; Nanci Santos Novais, diretora da Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia; e Jaqueline Alves Neto, supervisora pedagógica do Serviço Social do Comércio.