Política

CMS faz audiência para debater fechamento do Centro de Convenções

Vereadores cobram posicionamento do Governo do Estado para a recuperação do equipamento
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 05/09/2017 às 19:40
Audiência debateu situação do CCB
Foto: Reginaldo Ipê

O fechamento total do Centro de Convenções da Bahia desde 23 de setembro do ano passado (ele já estava interditado desde 20 de maio de 2015 pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo, Sedur) foi  discutido em audiência pública, realizada na manhã desta terça-feira, 5, pela Câmara de Salvador, no auditório do Ed. Bahia Center (anexo da CMS).

De acordo com o promotor do debate, vereador Téo Senna (PHS), “essa foi mais uma audiência pública para discutir a importância do Centro de Convenções. O equipamento está sem funcionar e até o momento não há um posicionamento por parte do Governo do Estado”.

Segundo ele a intenção do encontro foi reunir segmentos do trade turístico e moradores do entorno do Centro de Convenções. “Essa situação afeta os vizinhos do equipamento, pois a vida dessas pessoas estava organizada também em torno do Centro de Convenções. E hoje o local padece, inclusive, de falta de segurança”, analisou.

É possível recuperar

Presente à audiência pública, Kiki Bispo (PTB) lembrou que há um ano o prédio entrou em ruínas. “Nossa função é fazer um apelo para que o Governo do Estado da Bahia se sensibilize sobre esta questão. Atualmente o governo estadual está procurando uma localidade para implantar um novo CCB. Entretanto, segundo técnicos do Crea, é possível a recuperação da estrutura atual e a reinauguração do atual”.

Conforme Jean Paul Gonze, vice-presidente do Sindicato das Empresas de Turismo da Bahia (Sindetur) e conselheiro da Associação Brasileira de Agências de Viagens/seção Bahia (Abav/BA), “essa situação de falta de um equipamento acarretou uma queda enorme no turismo de negócios em Salvador. E esse é um tipo de turismo que traz três vezes mais divisas do que o turismo de lazer”.

Ele também informou que há vários hotéis localizados no entorno do Centro de Convenções. “Esses estabelecimentos contraíram empréstimos e atualmente encontram-se endividados. A ocupação caiu e um hotel, inclusive, fechou as portas”.

A mesa de trabalho da audiência também foi composta por Roberto Duran, presidente do Conselho Baiano de Turismo.