Política

MISSA marca e lembra 90 anos de ACM e sua trajetória polítca no Brasil

As informações são da Secom PMS
Da Redação , Salvador | 04/09/2017 às 17:36
Partidários de ACM, ex-governador e ex-senador pela Bahia
Foto: Max Haack
Uma missa realizada na manhã desta segunda-feira (4), na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos (Centro Histórico), lembrou os 90 anos de nascimento de Antonio Carlos Magalhães. Celebrada pelos padres Lázaro Muniz, Luís Simões e Abel Pinheiro, a cerimônia contou com as presenças de amigos, admiradores, deputados, vereadores, lideranças políticas e familiares, como o prefeito ACM Neto, o filho do senador, o empresário ACM Junior, a diretora-presidente da ONG Parque Social, Rosário Magalhães, além de netos e bisnetos.

Os Filhos de Gandhy iniciaram as comemorações, fazendo um cortejo da Casa de Jorge Amado à porta da igreja. No trajeto de cerca de 300 metros, entoaram a música “Patuscada de Gandhy”, composta por Gilberto Gil. Em seguida, dois clarinistas e dois percussionistas do afoxé atravessaram o corredor do templo, tocando seus instrumentos. Construída no século XVIII e tombada pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Artístico e Nacional) em 1938, a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos era a preferida do senador ACM para as suas comemorações.

A missa foi marcada por músicas orquestradas pelo Coral Ecumênico da Bahia e cantadas por Márcia Short e Tatau. Além dos cantores, baianas de acarajé, a estilista Negra Jhô e o agitador cultural Clarindo Silva também estiveram presentes. Durante o ofertório, familiares de ACM levaram como oferendas, além dos elementos tradicionais da missa, objetos em lembrança ao político, como uma foto de ACM com o povo baiano e a bandeira da Bahia, Estado que, conforme lembrou o padre Lázaro, foi tão amado pelo político. Um dos momentos mais emocionantes foi a entoação do hino ao Senhor do Bonfim por Tatau.  

As comemorações aos 90 anos de ACM se estenderão até a noite com a entrega, às 17h, da requalificação da via que leva o seu nome, e liga importantes pontos da cidade, como o centro comercial de Salvador à Avenida Mário Leal Ferreira e à Avenida Juracy Magalhães Júnior. Às 18h, uma homenagem será realizada na Câmara Municipal de Salvador, e no próximo dia 14, também às 18h, será lançado o livro ACM em Cena, no espaço Itaú de Cinema. O livro poderá ser adquirido por uma lata de leite, que será doada para instituições sociais.
 
Trajetória

Único político a governar três vezes a Bahia, Antonio Carlos Peixoto de Magalhães nasceu no dia 4 de setembro de 1927 e atuou na política estudantil e no jornalismo, antes mesmo de se formar em Medicina pela UFBa (Universidade Federal da Bahia), em 1952, quando foi escolhido para ser o orador da turma. Em 1954, foi eleito deputado estadual. Em 58, 62 e 66, representou a Bahia na Câmara Federal e, no ano seguinte, assumiu a Prefeitura de Salvador.

Em 1971, ACM assumiu o governo da Bahia e priorizou quatro áreas que promoveriam o desenvolvimento socioeconômico do Estado: pecuária, mineração, indústria e turismo. Em 1975, assumiu a presidência da Eletrobrás e, em 78, novamente foi eleito governador da Bahia. Em 1985, assumiu o cargo de ministro das Comunicações e permaneceu até março de 1990, quando se licenciou para disputar pela terceira vez o governo estadual. Foi eleito no primeiro turno.

Em seu terceiro mandato como governador, ACM realizou grandes obras em todas as regiões e marcou sua administração com a completa recuperação do centro histórico, a duplicação do Polo Petroquímico de Camaçari e do Teatro Castro Alves, a construção da Linha Verde, estrada que liga a Bahia e Sergipe pelo litoral, e inovou criando o SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão), que concentra vários serviços em um só local e foi copiado por diversos Estados e países.

Na sequência, em 1994, foi eleito senador. Presidiu a Casa entre 97 e 2001. Em 2002, os baianos voltam a colocá-lo no Senado. ACM morreu no Instituto do Coração, em São Paulo, aos 79 anos, no dia 20 de julho de 2007.