A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara de Salvador vai firmar parceria com os cursos de serviço social das universidades Católica do Salvador, Unifacs, Unopar e faculdades Estácio FIB e Vasco da Gama para integrar as instituições e seus estudantes com as atividades do colegiado.
Este foi o assunto da reunião mantida na manhã dessa quarta-feira, 16, as coordenações dos estabelecimentos de ensino e a presidente da Comissão, vereadora Aladilce Souza (PCdoB). Entre as ações do organismo legislativo o projeto “Mulheres em Debate”, que realiza rodas de diálogos sobre temas atinentes ao papel da mulher na sociedade, foi o escolhido para promover a aproximação entre teoria e prática profissional para as alunos e alunas.
O encontro definiu a elaboração de um planejamento e realização de ações nos âmbitos da saúde, educação e combate à violência contra mulher. A iniciativa, Aladilce, considera o profissional da assistência social como o primeiro acionado em casos de violência, e a atuação no combate às desigualdades da sociedade, acompanhando e propondo soluções para melhorar as condições de vida da comunidade.
Combate ao tráfico
Também no âmbito do universo feminino a edil Ireuda Silva (PRB) deu entrada na CMS em projeto de lei que institui 23 de setembro como Dia Municipal de Combate à Exploração Sexual Internacional de Mulheres. A data deverá ser incluída no calendário oficial de eventos da cidade, e a prefeitura ficará encarregada de realizar campanhas educativas e informativas, com o objetivo de conscientizar e orientar sobre o tema.
Para justificar a sua proposta, a peerrebista argumenta que a Bahia é o terceiro estado com maior número de vítimas de exploração sexual de mulheres. “Além disso, as brasileiras, principalmente as jovens de baixas renda e escolaridade, estão entre os principais alvos de grandes redes de tráfico humano internacional”, frisou, acrescentando que é urgente voltar um olhar mais atento para o tema.
“Os dados sobre a exploração sexual de mulheres brasileiras são alarmantes e esse número não vai diminuir enquanto não encararmos esse quadro com a devida seriedade”, conclui Ireuda. A data escolhida, 23 de setembro, tem o objetivo de coincidir com o Dia Internacional Contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças.