Problemas como poluição ambiental e sonora, segurança, infraestrutura e impactos do carnaval foram as principais queixas apresentadas por moradores e comerciantes da barra na audiência pública realizada na noite dessa quinta-feira, 10, pela Comissão de Planejamento da Câmara de Salvador, em parceria com a Amabarra.
Cerca de 60 pessoas, entre representantes do poder público, residentes, empresários e frequentadores do bairro da Barra participaram do encontro. Segundo a vereadora Aladilce Souza (PCdoB), autora da iniciativa, “por mais que não tenha havido consenso em relação a algumas pautas trazidas, a audiência foi importante para revelar a insatisfação de muitos moradores e a necessidade da prefeitura em dar respostas para o que foi discutido”.
Representando a prefeitura, estiveram presentes os secretários de Cultura e Turismo, Cláudio Tinoco, e de Desenvolvimento e Urbanismo, Guilherme Bellintani, e o técnico da Secretaria Cidade Sustentável, José Augusto Saraiva; a major Patrícia Silva o idealizador do projeto Parque Marinho da Barra, Bernardo Mussi, e dirigentes de associações do bairro.
Sistema socioeducativo
Na próxima terça-feira a Comissão de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da CMS vai realizar, em parceria com a Defensoria Pública do Estado da Bahia, uma audiência pública para debater ações em prol da Comunidade de Atendimento Socioeducativo de Salvador (Case). O encontro está marcado para o Centro de Cultura, às 9 horas.
O presidente do colegiado, Hilton Coelho (PSOL), convidou a sociedade a participar do evento que considera fundamental para que o Estado cumpra com suas obrigações em relação a esse setor: “Lembro que tanto a Câmara de Salvador quanto a Defensoria Pública devem assegurar e garantir os interesses individuais e coletivos da criança e do adolescente no sistema socioeducativo na Bahia”.
Conforme Hilton o interesse da Comissão é analisar o funcionamento do sistema socioeducativo na Bahia, bem o cumprimento das medidas socioeducativas restritivas de liberdade, em especial na unidade Case Salvador, observando a atuação do Estado e da Fundação da Criança e do Adolescente (Fundac): “A Case possui capacidade para 140 internos embora estejam custodiados em torno de 400 jovens. Esse é um local que deve ser encarado como espaço de ressocialização e não depósito humano”.
“Precisamos discutir ações que viabilizem as medidas socioeducativas no estado. A situação daqueles meninos e meninas, que se encontram em uma verdadeira sociedade do cárcere, sem dignidade e condições de sobrevivência, é degradante e desumana. São crianças e jovens dos 12 aos 20 anos que se encontram completamente perdidos”, afirmou a vice-presidente do colegiado, Rogéria Santos (PRB).