Política

Vereadores vistoriam Ferry Boat e dizem que reajuste não se justifica

Edis apontaram uma série de problemas no terminal e nas embarcações
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 04/08/2017 às 18:50
A blitz desta vez foi dos vereadores governistas
Foto: Ascom de Téo Senna

Embarcações sem ar condicionado, com poucos assentos para os passageiros, dificuldade de acesso para portadores de deficiência, sanitários sujos, número insuficiente de tripulantes e carência de bebedouros de água foram alguns dos problemas encontrados pelos vereadores Kiki Bispo (PTB), Téo Senna (PHS), Felipe Lucas (PMDB), Rogéria Santos (PRB) e Beca (PPS) em visita, na manhã desta sexta-feira, 4, ao terminal de São Joaquim do Sistema Ferry Boat.

“Vamos exigir do governador Rui Costa que revogue esse aumento absurdo das tarifas do sistema Ferry Boat (reajustado em 25 de julho) e depois trate, como deve ser tratado, com fiscalização e multa, para que o serviço funcione como o povo merece”, afirmou o petebista. Dentro do navio Agenor Gordilho, depois de conversar com diversos usuários, ele afirmou que a tarifa cobrada não condiz com a realidade do serviço prestado.

“Ouvi de um senhor, citando o estatuto da Agência de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), que a passagem deveria ser mais barata do que a do ônibus. Além disso as embarcações não melhoraram em nada, como fora prometido, faltando ar condicionado, acessibilidade e estrutura como um todo”, disse o edil.

Sem melhorias

Segundo ele “a Internacional Travessias Salvador prometeu melhorar a qualidade do serviço, mas poucas coisas foram feitas”. A empresa foi criada para administrar o Sistema Ferry Boat de Salvador a partir da concessão adquirida pela Internacional Marítima em processo licitatório realizado pela Agerba, responsável pela administração do modal.

E anunciou: “Por conta deste descaso vamos fazer uma reunião com a regional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil, com o Ministério Público do Estado da Bahia, com o Tribunal de Contas do Estado e com a Agerba para buscar a melhoria do sistema ferry boat que está em péssima condição”.

Téo Senna, que há 40 anos frequenta a Ilha de Itaparica classificou o momento de “triste e caótico. O ferry está muito degradado e as pessoas e os carros usam o mesmo acesso, o que é um perigo”. Ele considerou extorsivo o aumento da tarifa de passageiro, que passou de R$ 4,80 para R$ 5, durante a semana, e de R$ 6,40 para R$ 6,70, no fim de semana e feriado: “O valor é muito caro para o serviço oferecido. Falta bebedouro e as condições de higiene são péssimas”.

“O banheiro feminino é muito sujo e o Ferry Boat não tem estrutura para atender uma pessoa com deficiência”, afirmou a usuária Aidê. Ela faz uso diário da embarcação ao levar a pequena Edna para fazer tratamento de saúde na Ilha de Itaparica. “As dificuldades são muitas, não tenho apoio nenhum na hora do embarque e desembarque. Além do mais, pago duas passagens”, relatou.

Ainda de acordo com Téo faltam tripulantes para atender as demandas, sem falar na pequena quantidade de cadeiras: “Não tem assentos suficientes, isso é um perigo para a população, que precisa fazer a travessia e muitas vezes colocam a vida em perigo, viajando em pé”.

Participaram também da visita os os vereadores de Vera Cruz: Fernando Santos Conceição (PV), Beto (PRB) e Neto Mola (PRB, presidente da Câmara); e Naiane Souza (PRB), de Itaparica.