Política

SENADO aprova Reforma Trabalhista e Câmara quer sanção integral texto

Michel Temer comemora vitória. Dos senadores baianos, Roberto Muniz (PP) votou sim; e Lidice da Mata e Otto Alencar, não.
Da Redação , Salvador | 12/07/2017 às 09:02
Maia diz que não aceita MP que modifica alguns pontos
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    Por 50 votos favoráveis e 26 contrta, o Senado aprovou a reforma trabalhista, uma das principais matérias da agenda do presidente Michel Temer no Congresso, após um protesto inédito em que senadoras oposicionistas impediram por quase sete horas a votação da proposta em plenário ao ocuparem a Mesa Diretora da Casa.

   A matéria, que segue para sanção presidencial, modifica mais de 100 pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Ela prevê, por exemplo, que acordos entre empregados e patrões se sobrepõem à legislação vigente, busca diminuir a intervenção da Justiça trabalhista nas negociações entre as partes, permite o trabalho intermitente e o fatiamento das férias em três períodos.

MAIS SE DISTANCIA

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse há pouco que não vai votar nenhuma Medida Provisória (MP) que modifique o texto aprovado pelo Congresso sobre a reforma trabalhista. O comentário, que vai de encontro com o acordo feito com o presidente Michel Temer com parlamentares, acontece no momento em que Maia se distancia do Palácio do Planalto por conta da tramitação da denúncia contra o peemedebista na Câmara.

Para conseguir o apoio da maioria dos senadores, Temer prometeu a edição de uma MP para modificar alguns pontos da reforma, como a questão que envolve a não obrigatoriedade do imposto sindical.

“A Câmara não aceitará nenhuma mudança na lei. Qualquer MP não será reconhecida pela Casa”, afirmou Maia no Twitter.

MAIS EMPREGOS

“Nenhum direito a menos, muitos empregos a mais.” Foi assim que o presidente Michel Temer definiu a vitória do governo com a aprovação da reforma trabalhista no Senado nesta terça-feira. A proposta passou pelo Congresso sem alterações no texto-base e segue agora para a sanção do presidente.

Temer disse que a reforma significa um importante avanço para o Brasil e que ela vai garantir a retomada do emprego e a construção de um país mais competitivo. “Os tempos mudaram e as leis precisam se adaptar. Nosso governo está conectado com o século XXI.”

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