Política

CMS faz sessão itinerante na Cidade Baixa para colher reivindicações

Evento contou com maior participação de moradores que o da Barra
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 05/06/2017 às 19:52
Sessão itinerante, em Monte Serrat
Foto: Antonio Queirós

Macrodrenagem da Península Itapagipana, ampliação e melhoria da assistência à saúde e da educação, iluminação pública, saneamento básico, reforço na segurança pública e valorização do patrimônio histórico foram algumas das reivindicações feitas pelos representantes comunitários da Cidade Baixa, durante a segunda sessão itinerante realizada pela Câmara de Salvador, na tarde desta segunda-feira, 5.

O local escolhido foi o auditório da Universidade Corporativa do Tribunal de Justiça da Bahia (Unicorp), no bairro da Boa Viagem. A Prefeitura-Bairro compreende as localidades de Boa Viagem, Bonfim, Calçada, Caminho de Areia, Lobato, Mangueira, Mares, Massaranduba, Monte Serrat, Ribeira, Roma, Santa Luzia, Uruguai e Vila Ruy Barbosa/Jardim Cruzeiro.

Por conta da comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) foram homenageados homenageou com a Medalha de Mérito Ambiental Mário Leal Ferreira o tenente-coronel da Polícia Militar, Nilton Cézar Machado Espíndola, e a Rede Bahia de Televisão, representada pelo superintendente executivo João Gomes, ambos pela atuação em defesa do meio ambiente. O Coral da CMS se apresentou como parte da homenagem.

Proximidade com as comunidades

De acordo com o presidente da Casa, vereador Leo Prates (DEM), a Tribuna Popular foi ampliada de cinco para 10 oradores, tendo sido escolhidos os representantes por macrorregião geográfica e por segmento, para dar oportunidade a todas as áreas e setores se pronunciarem durante o encontro. “O nosso objetivo é aproximar o Legislativo do povo, trazer luz sobre os principais temas da nossa cidade para que o Poder Executivo possa fazer a sua parte. Foi para isso que retomamos esse projeto”, explicou.

Como ocorreu na reunião semelhante anterior, realizada na Barra, a Ouvidoria da CMS montou um posto para registrar reivindicações e queixas dos populares. As falas dos representantes foram divididas em dois blocos, cada um com cinco inscritos e com cinco minutos para se pronunciar. Ao final de cada bloco igual número de edis também usaram da palavra.

Segundo a coordenadora da Câmara Itinerante, Aladilce Souza (PCdo), um relatório com todas as reivindicações apresentadas será elaborado e encaminhado aos órgãos competentes: “Vamos transformar as reivindicações em projetos, audiências públicas e cobrar do Executivo essas demandas”.

Alagamentos e saúde

Os constantes alagamentos ocorridos na região, em dias de chuvas fortes, foi o principal problema apontado pelos oradores, especialmente no Largo do Papagaio, Bonfim e Calçada, como destacou Raimundo Nascimento, da Rede Cammpi: “Precisamos de uma macrodrenagem, uma obra estruturante porque é um problema crônico. Estamos ao nível do mar e se isso não for resolvido, continuaremos convivendo com alagamentos”. Ele criticou também a baixa cobertura do atendimento na atenção básica em saúde.

Orlando Valle, da Associação de Moradores e Empresários da Boa Viagem e Adjacências, lamentou a degradação da Vila Operária da Boa Viagem, primeiro equipamento do gênero do Brasil, com uma rica história para ser lembrada e que poderia incrementar o turismo se fosse revitalizada pelo poder público.

José Rosa Muniz Filho (Grêmio Recreativo Turma da Minha Rua) pediu a revitalização da região de Itapagipe, a canalização de uma nascente cujas águas correm para a Av. Bate Estaca e a utilização do porto náutico do Humaitá, construído há mais de dez anos e até hoje sem operação.

Representante das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), Lucrécia Savernini pediu apoio aos vereadores e à população “para a sustentabilidade da instituição”, que atende a cerca de dois milhões de pessoas por ano.