Edvaldo destaca atuação de mestre Didi
Da Redação , Salvador |
24/05/2017 às 11:56
Edvaldo Brito
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O vereador Edvaldo Brito (PSD) apresentou projeto de lei propondo o nome do sacerdote, escultor e escritor Mestre Didi para o viaduto sobre a Avenida Orlando Gomes, em frente à Rua da Gratidão. Nascido em 1917, com o nome de Deoscóredes Maximiliano dos Santos, filho da lendária Mãe Senhora, do Ilê Axá Opô Afonjá, Mestre Didi foi iniciado no culto dos ancestrais aos cinco anos de idade, chegando a receber o título de Alaipini, o máximo da hierarquia sacerdotal.
Foi também Assobá no Afonjá, do culto ao orixá Omolu. Nos seus quase 96 anos de idade, Mestre Didi fundou o terreiro Ilê Axipá em Salvador, dedicado ao culto dos Eguns, publicou diversos livros sobre as religiões afro-brasileiras e se notabilizou por peças artísticas com a mesma temática. Participou de inúmeras exposições em diversos países e seus trabalhos estão espalhados por todo o mundo em reconhecidos museus e galerias. Aqui na capital baiana destacam-se as esculturas na orla do Rio Vermelho, no Museu Nacional de Cultura Afro-brasileira e no Museu de Arte Moderna da Bahia.
“Mestre Didi é um ícone da tradição artística do candomblé e devemos a ele muito da nossa cultura, da nossa divulgação e do reconhecimento da Bahia como um dos principais lugares do planeta aonde a cultura africana chegou, fincou raízes e se projeta. É uma justa homenagem no centenário de nascimento desse baiano que deve ser sempre reverenciado”, conclui Brito.