Política

Impactos ambientais da Av. Atlântica são debatidos em audiência na CMS

Representante da Prefeitura disse que não há projeto tramitando no legislativo sobre o assunto
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 18/05/2017 às 19:32
Audiência, no auditório do Ed. Bahia Center
Foto: Reginaldo Ipê

A Câmara de Salvador, por iniciativa da vereadora Marta Rodrigues (PT), realizou nesta quinta-feira, 18, uma audiência pública para debater o impacto ambiental do projeto da construção da Avenida Atlântida no Parque Metropolitano de Pituaçu. Segundo a petista a discussão foi uma solicitação dos moradores do entorno do parque: “As pessoas que moram na vizinhança do parque estão preocupadas. Portanto, solicitamos nesta Casa a presença de representantes da Prefeitura e do Governo do Estado”.

Segundo ela “este é o momento oportuno, pois o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) está em fase de regulamentação. Não creio que esses argumentos para desafogar o trânsito local justifiquem um crime ambiental num local com uma biodiversidade tão rica. A cidade precisa de áreas verdes”.

Já Samir Abdala, subsecretário municipal de Desenvolvimento e Urbanismo, declarou que “não tramita nesta pasta nenhum projeto visando neste momento a construção da Via Atlântica”. A proposta de implantação da Via Atlântica foi inicialmente anunciada no Plano Salvador Capital Mundial, lançado pelo ex-prefeito João Henrique (PR) em 2010. E através de uma emenda a possibilidade de construção da referida via foi inclusa no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), aprovado na Câmara Municipal de Salvador no ano passado.

Também presente à audiência pública, César Menezes, do Movimento Viva o Parque de Pituaçu, ressaltou que o “projeto será prejudicial para a flora e fauna local. Assim como para os moradores das vizinhanças. Afinal consta na proposta a construção de uma ponte sobre o parque”. Consta do projeto da Via Atlântica a construção de uma ponte pênsil de 750 metros com passagem sobre o Parque Metropolitano de Pituaçu.

Representante do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Jeane Tavares avaliou que “por estar numa área urbana o referido parque sofre uma pressão constante. Pois há habitações vizinhas constituída por prédios, com moradores de classe média alta, assim como invasões”. Segundo a gestora, o “debate deve ser sobre qual a Salvador que queremos? Uma cidade composta somente por edifícios ou uma cidade sustentável?”

A Mesa também foi composta por João Resch, subsecretário municipal de Cidade Sustentável, Renato Cunha, representante da ONG Gambá, e Marcele do Vale, representante do Instituto Búzios.