A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara de Salvador ouviu o depoimento da estudante de psicologia e funcionária do Partido Verde (PV) que acusa o subsecretário municipal de Reparação, Valcy Evangelista Silva, de assédio sexual e moral. O encontro aconteceu na tarde desta terça-feira (16), quando as vereadoras manifestaram solidariedade e cobraram agilidade na apuração do caso.

Para dar continuidade ao debate sobre a denúncia da jovem o colegiado promoverá em 8 de junho, às 17 horas, no Centro de Cultura da CMS, uma roda de conversa com a participação de entidades envolvidas no movimento de combate à violência contra a mulher. Entre eles os ministérios públicos do Estado, do trabalho, OAB e Secretaria de Políticas para as Mulheres.

Para a presidente da comissão, Aladilce Souza (PCdoB) “precisamos enfrentar o problema, porque o assédio atinge diretamente a autoestima da mulher. Casos como o dela são comuns, é uma jovem de 21 anos, que precisa do emprego para pagar a faculdade e termina se sujeitando a esse tipo de comportamento”.

De acordo com a denunciante Valcy a assediava há cerca de três anos, comportamento agravado nos últimos meses. Ele deixava claro que se tivesse um relacionamento mais íntimo com ele teria vantagens profissionais. “O partido quer abafar e tem acontecido um descaso. Minha esperança é o Ministério Público”, disse ela.

A edil Marcelle Moraes, também do PV, fez questão de se solidarizar com a funcionária e reconheceu que o subsecretário tem a prática de forçar intimidade com as mulheres do partido. “Ele não me representa”, frisou.

Participaram também da reunião Marta Rodrigues (PT), Ireuda Silva e Rogéria Santos, ambas do PRB.