Até agora, a bancada da Oposição não entrou na Justiça para tentar manter a CPI em funcionamento
Tasso Franco , da redação em Salvador |
09/05/2017 às 17:30
Targino Machado com discursos duríssimo na ALBA
Foto: BJÁ
O deputado estadual Targino Machado (PPS) fez duras críticas ao secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, ex-governador Jaques Wagner, chamando-o de "canalha" e de ter adotado uma postura de "cinismo" ao declarar que confirmou ter recebido um relógio da Odebrecht, mas, nunca tinha usado.
Segundo Targino é inconcebível que o governador Rui Costa mantenha nos quadros do Estado, no seu secretariado, uma pessoa acusada por delatores da Odebrecht, na Operação Lava Jato, de ter recebido R$12 milhões.
Targino usou os codinomes atribuidos a Odebrecht para nominar Jaques Wagner, "Pólo" e "Ó Paí Ó" e em todas citações do seu pronunciamento ao referir-se a trechos das delações frisava: Ó Paí Ó. Na opinião de Targino, "um canalha que rouba não pode fazer parte de um governo".
Não houve defesa de Wagner por parte dos governistas.
CPI DO CCB
Outro assunto abordado por Targino foi o arquivamento da CPI do CCB pelo presidente da Casa, Angelo Coronel. Na opinião do parlamentar, Coronel não tem autoridade para encerrar uma CPI da forma que foi acabada e este teria cometido uma "barrigada" influenciado por parecer de sua Procuradoria Jurídica para "engavetar a CPI, num parecer de aluguel, encomendado"
Targinno também cobrou a presença do presidente da Assembleia no plenário da Casa, para dirigir as sesões, pois, ele "foi eleito para isso, mas, está fugindo". O deputado defende a continuidade da CPI obedecendo os princípios constitucionais.
COMENTÁRIO DO BJÁ
Quanto ao arquivamento da CPI determinado pelo presidente da Casa, Angelo Coronel, deu-se em função da recusa da Oposição em aceitar que o presidente e o relator da CPI fossem integrados por governistas.
Naquele momento, criado o impasse, a bancada da Oposição retirou-se do plenário da Comissão, o líder do governo também retirou seu pessoal e o presidente da Casa - creio, sem parecer da Procuradoria Juridica - arquivou a CPI.
A oposição ficou de recorrer à Justiça, mas, até hoje não o fez.