Política

Hilton Coelho repudia Arthur Maia para relatar reforma da Previdência

Para o vereador o deputado federal baiano não tem moral para a missão, pois está cheio de processos na Justiça
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 12/04/2017 às 18:39
Hilton Coelho: fora Temer e fora Maia
Foto: LB

“O deputado federal Arthur Maia não pode relatar a reforma da Previdência”. A declaração é do vereador Hilton Coelho (PSOL), para quem o parlamentar, do PPS-BA, não tem a independência necessária para a missão: “Ele já escolheu o lado das empresas e empresários da previdência privada. É a raposa tomando conta do galinheiro. Não tem a menor condição política e moral para ocupar a relatoria, já que estas empresas possuem interesse na mudança das regras previdenciárias”.

Ainda segundo o edil Maia possui em seu currículo diversas acusações “por crimes contra a administração pública”. Entre eles a suspeita de movimentação financeira incompatível com a renda declarada, quando exercia mandato na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia. Além disso “foi citado na delação premiada do ex-vice-presidente institucional da Odebrecht, Cláudio Melo Filho, sobre o envolvimento na Operação Lava-Jato”.

Financiamento privado

Para Hilton a candidatura do relator “foi financiada por empresas e bancos relacionados ao setor de previdência privada. Uma das empresas patrocinadoras do deputado é a Bradesco Vida e Previdência, que fez doações de R$ 300 mil para a campanha de Arthur Maia em 2014”.

Também financiaram a campanha do baiano, segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE - http://divulgacandcontas.tse.jus.br/divulga/#/candidato/2014/680/BA/50000000676), os bancos Itaú Unibanco (R$ 100 mil), Safra (R$ 30 mil) e Santander (R$ 100 mil), instituições financeiras que negociam planos de previdência privada. Diante destes dados, conclui, “não resta a menor dúvida para onde penderão as decisões de Maia”.