Com informações do G1. Essas pessoas deveriam ser banidas da vida pública
Da Redação , Salvador |
08/04/2017 às 11:18
Negromontes e Roberto Brito, da Bahia
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stiça Federal determinou, nesta sexta-feira (7), o bloqueio de mais de R$ 470 milhões em ação em ação de improbidade administrativa contra o Partido dos Progressista (PP), por desvios ocorridos na Petrobras. Trata-se do primeiro processo contra um partido na Operação Lava Jato.
O juiz federal Friedmann Anderson Wendpap, da 1ª Vara Federal de Curitiba, determinou a indisponibilidade de bens do PP e dos outros onze acusados – sendo seis deputados federais, quatro ex-deputados e um ex-assessor parlamentar.
A ação proposta pela força-tarefa da Lava Jato pediu ressarcimento de R$ 2,3 bilhões. Deste total, R$ 460.636.517,60 são equivalentes à propina paga ao PP, R$ 1.381.909.552,80 de multa e R$ 460.636.517,60 por danos morais coletivos.
Veja quem teve valores bloqueados:
• Partido Progressista (PP): R$ 9.880.000;
• Mário Negromonte Júnior (PP-BA), deputado federal: R$ 2.733.000;
• Nelson Meurer (PP-PR), deputado federal: R$ 78.800.000;
• Otávio Germano (PP-RS), deputado federal: R$ 10.040.000;
• Luiz Fernando Faria (PP-MG), deputado federal: R$ 8.160.000;
• Roberto Brito (PP-BA), deputado federal: R$ 8.160.000;
• Arthur Lira (PP-AL), deputado federal: R$ 7.767.776,96;
• Pedro Corrêa (PP-PE), ex-deputado: R$ 46.800.000;
• Pedro Henry (PP-MT), ex-deputado: R$ 800.000,00
• João Pizzolatti (PP-SC), ex-deputado: R$ 124.055.758,32;
• Mário Negromonte (PP-BA), ex-deputado: R$166.921.262,16;
• João Claudio Genu, ex-assessor parlamentar: R$ 12.800.000;
O que dizem os citados
Procurada pelo G1, a assessoria de imprensa do PP disse que, a princípio, a legenda não vai se manifestar sobre o bloqueio determinado pela Justiça Federal.
O deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) informou que não foi notificado da decisão judicial e que, assim que receber a informação oficialmente, irá tomar as providências cabíveis através do seu advogado.
O deputado federal Arthur Lira (PP-AL) afirmou, em nota, que as denúncias apresentadas pelo MPF “são inverídicas, carecem de provas e de conexão com a realidade”. Segundo o deputado, os fatos atribuídos ao Partido Progressista (PP) nunca ocorreram.
“Arthur Lira, inclusive, àquela época, sequer havia dado início ao seu mandato na Câmara dos Deputados, Casa na qual ingressou por meio do voto dos alagoanos em 2011. A mesma narrativa sem fundamentação já foi feita contra o parlamentar em ocasião passada e, diante da verdade dos fatos, está em vias de ser arquivada. O Deputado tem confiança na Justiça e aguarda o inevitável arquivamento de mais uma denúncia infundada”, diz a nota.
O advogado Michel Saliba, que defende o deputado federal Roberto Brito (PP-BA) e o ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC), disse que vai se manifestar apenas no processo.
A defesa do João Cláudio Genu informou que, inicialmente, o pedido de bloqueio do MPF em relação ex-assessor parlamentar foi de R$ 1,8 bilhão. O juiz limitou a indisponibilidade em R$ 12,8 milhões. Quando o cliente for notificado, a defesa preliminar será apresentada, comprovando que João Cláudio Genu é parte ilegítima da ação, devendo ser excluído da mesma.
O deputado federal Mário Negromonte Júnior (PP-BA) não foi localizado pela reportagem. O gabinete do parlamentar informou que um posicionamento sobre o caso deve ser divulgado na segunda-feira (10).