O Projeto Revitalizar e a febre amarela foram temas de debates nesta sexta-feira, 7, na Câmara de Salvador, o primeiro promovido pela Comissão de Planejamento Urbano e Meio Ambiente da CMS e o segundo pelo colegiado de Saúde.
Como já havia acontecido nas discussões em plenário, durante a última Super Terça, houve divergência de opiniões entre governistas e oposicionistas. Para o presidente da comissão, vereador Luiz Carlos (PRB) o revitalizar “é a requalificação de uma área muito importante para todos nós, que é o Centro Antigo da cidade”. Ele conduziu a audiência pública no Centro de Cultura.
Kiki Bispo (PTB) destacou a necessidade da aprovação do projeto para estimular o turismo, dinamizar a atividade econômica e reduzir os índices de desemprego na capital baiana: “A iniciativa é benéfica para a cidade, que tem vocação para o turismo. O nosso Centro de Convenções está fechado desde 2015, o que vem trazendo sérios prejuízos para o turismo de negócios, o nosso aeroporto é um dos piores do país, e o Centro Histórico vai na mesma direção”.
Novas discussões
Na opinião de Marta Rodrigues (PT), no entanto, a Casa deve realizar novas discussões sobre a matéria: “É importante que a Comissão de Finanças também promova uma audiência pública para debater os impactos e os efeitos de tantas isenções, para que a gente tenha condições de votar na Casa e de fazer emendas”.
De acordo com o subchefe da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, Bernardo Araújo, é preciso fazer com que a população local volte a frequentar o Centro Histórico com maior intensidade, o que seria possível com o programa Revitalizar: “O Pelourinho é o maior sítio colonial das Américas, com centenas de imóveis tombados. É um patrimônio da humanidade”. Ele destacou a grande concentração de leitos hoteleiros na região, “o que comprova a importância turística da área”.
O encontro reuniu também os edis José Trindade (PSL), Ricardo Almeida (PSC), Hilton Coelho (PSOL) e Aladilce Souza (PCdoB) e representantes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Urbanismo, Fundação Mário Leal Ferreira, Polícia Militar, Guarda Municipal, Movimento Sem Teto da Bahia e Associação dos Lojistas da Baixa do Sapateiro.
Febre amarela
Tendo à frente o democrata Duda Sanches o Dia Mundial e Municipal da Saúde foi comemorado com uma sessão solene regimental, também nesta sexta-feira, 7, para tratar do quadro atual da febre amarela. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde a Bahia tem (até quinta-feira, 6) nove casos suspeitos da doença, mas nenhum na capital baiana.
Segundo Duda o objetivo da discussão foi discutir os números sobre o mal, o cenário atual e as medidas preventivas para evitar a febre amarela”. Também integrante do colegiado, Aladilce Souza (PCdoB) disse que “a Comissão de Saúde do Legislativo Municipal está a postos para contribuir no enfrentamento deste perigo da febre amarela”.
De acordo com o secretário municipal de Saúde de Salvador, José Antônio Rodrigues, não há motivo para pânico: “O importante é a campanha de vacinação. Já temos 56 postos de saúde e 100 salas de vacinação em pleno funcionamento”.
Ainda conforme seu relato as mesmas medidas para evitar a dengue e a chikungunya devem ser realizadas para prevenir contra a febre amarela: “Como o mosquito Aedes Aegypti é o transmissor destas três doenças, o importante é eliminar focos de água parada nas residências”. Ele recomentou que uma vez por semana as pessoas vistoriem suas casas. Informou ainda que do total de 56 macacos capturados em Salvador, em seis foi confirmada a doença.
Também integraram a mesa de trabalho da sessão o edil César Leite (PSDB); Róbson Reis, especialista em Infectologia; Leandro Serafim, integrante da Sociedade Brasileira de Cardiologia; Francisco José Silva Magalhães, presidente do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia; e Antônio Carlos Bandeira, representante da Sociedade Brasileira de Infectologia.