Política

Vereadoras protestam contra abandono do Projeto Viver pela SSP

Marcelle Moraes, Robéria Santos e Ireuda Silva cobraram providências do Governo do Estado
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 05/04/2017 às 19:49
Sessão desta tarde na CMS
Foto: Antonio Queirós

A situação do Projeto Viver foi um dos principais assuntos abordados pelas vereadoras na sessão da Câmara de Salvador nesta quarta-feira, 5, à tarde. Marcelle Moraes (PV), Rogéria Santos e Ireuda Silva (ambas PRB) protestaram contra o abandono do serviço e cobraram do Governo do Estado medidas para revitalizar o programa, que presta atenção médica, psicossocial e jurídica a mulheres vítimas de violência sexual.

O projeto foi tema de reunião da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da CMS nessa terça-feira, 4, quando foram apontadas precariedades como falta de funcionários e materiais diversos e o fechamento da unidade de Periperi, no subúrbio ferroviário.

Marcelle reclamou da não renovação dos contratos dos servidores, além da transferência, “sem qualquer explicação”, do programa da Secretaria da Segurança Pública (SSP) para a de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS).

Discurso reforçado por Ireuda, que classificou de “descaso com as mulheres” o tratamento dado pela administração estadual ao serviço. Convocou o titular da SJDHDS, Carlos Martins a comparecer ao Legislativo municipal para dar explicações aos vereadores e à população.

Para Rogéria o Viver está “em vias de acabar” e discordou da oposicionista Marta Rodrigues (PT), que considerou “um jogo” político as cobranças feitas pelas governistas em relação ao projeto. “Nós não estamos aqui para jogar”, afirmou a republicana. Segundo ela, o fato do governo estadual ter inaugurado o Hospital da Mulher ou implantado outro serviço de apoio a esse público não justifica o abandono do programa.

Greve no Samu

Ainda na área de atendimento ao público o tucano César Leite denunciou as dificuldades enfrentadas por seus colegas médicos na Maternidade José Maria de Magalhães, com salários atrasados e descumprimento das obrigações trabalhistas por parte da empresa contratada para administrar o serviço.

Afirmou ainda ter se reunido com os profissionais do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), tendo recebido posicionamento contrário à orientação do Sindicato dos Médicos, que anunciou greve no setor.