Política

“Vamos dar uma sacudida no partido!”, conclama senador Lindbergh

Lindemberg é candidato a presidência do PT nacional
Da Redação , Salvador | 01/04/2017 às 19:35
Ato no apoio a candidatura de Waldenor Pereira
Foto: Muda PT
Durante ato político, nesta sexta-feira (31), no Centro de Salvador, o senador Lindbergh Farias, que também é candidato à presidência nacional do Partido dos Trabalhadores pela chapa Muda PT - articulação de setores internos organizados para disputar a presidência nacional e os diretórios estaduais e municipais da legenda - conclamou as lideranças e militantes presentes a “dar uma sacudida no partido”. Um dos objetivos é enfrentar a onda de conservadorismo e retomar o caminho do desenvolvimento com inclusão social no Brasil.

“Eu quero um PT que tenha estratégia. Um PT que não seja esse PT pra dentro. Que não tenha medo de fazer um enfrentamento. As bases querem isso: um PT com mais vigor! Um PT renovador! Vamos dar uma sacudida no PT”, conclamou o senador numa fala que passou por diversos temas, a exemplo da Reforma da Previdência, da terceirização sem limites, dentre outras medidas do Governo Temer. Segundo ele, “eles (os integrantes do governo temer e articuladores do impeachment da presidenta Dilma Rousseff) querem destruir o PT para acabar de vez com os direitos dos trabalhadores que reconhecem e têm orgulho do que fizemos pelo povo brasileiro”.

Lula presidente

O Muda PT também defende o nome do ex-presidente Lula para candidato à presidência do país em 2018. “Vamos eleger o presidente Lula e não podemos permitir o que aconteceu em 2015, quando o Congresso impediu a presidenta Dilma de governar e promoveu o golpe”, observou Lindbergh.

Para o candidato à presidência do partido em Salvador, Gilmar Santiago, “a perseguição política a Lula é seletiva, injusta e criminosa. Pois não existem provas contra o ele, mas um grande ódio e medo das elites brasileiras, pois sabem que Lula é uma potência de mobilização e organização dos trabalhadores e das trabalhadoras”. Gilmar também tratou da construção de uma “oposição pragmática” ao Governo de ACM Neto, aliado de Temer e prefeito de Salvador. Gilmar criticou também o modelo de gestão “carlista” na capital baiana, que ignora as reais necessidades da população, a exemplo de contenção de encostas, manutenção do sistema de drenagem e vagas em creche, para investir em megaeventos.

Muda PT na Bahia

O candidato estadual do Muda PT é o deputado federal Waldenor Pereira, um dos quadros mais respeitados da Bahia. Ele não conseguiu participar do ato por conta de cancelamento de voo provocado pelas fortes chuvas, mas mandou seu recado. “Pensamos que o PT precisa mudar. Queremos um PT do tamanho de seus desafios. Que lute contra os retrocessos do golpe, eleja Lula, reeleja o governador Rui Costa, amplie as nossas bancadas nas Câmaras de Vereadores e Assembleia Legislativa. Para isso, precisamos de um PT forte, com suas instâncias funcionando e amplo debate entre os filiados. Assim, propomos uma direção colegiada, organização por território, uma ativa política de comunicação e formação. Nossa luta é para reanimar a militância, fortalecer os laços com os movimentos sociais, recolocar o PT no local em que sempre esteve: ao lado do povo!”, destacou.

Waldenor conta com o apoio das tendências internas Esquerda Democrática Popular (EDP), Reencantar, Democracia Socialista (DS), Coletivo 2 de Julho, Avante S21, Movimento PT e Militância Socialista.

A Bahia é um dos estados em que a chapa, representada pela sigla 450, tem o maior índice de adesão (oito dos doze mandatos estaduais do PT compõem esta chapa e cinco dos sete deputados federais também compõem a articulação).

Muda PT

O Muda PT é um campo político que surgiu a partir de articulação política, no 5º Congresso Nacional do Partido, de setores que contrários à condução política da “ala majoritária” do PT. Dentre os pontos de divergência, estava o método de eleição interna do partido (a majoritária defende o Processo de Eleição Direta e o Muda PT eleições congressuais), por exemplo.

De lá para cá, o campo, continuou se articulando e ampliando alianças com setores minoritários do partido, pautando uma transformação radical na organização partidária, sobretudo no que diz respeito à democracia interna, transparência, desburocratização da estrutura, descentralização da direção política e enraizamento nos territórios e nas lutas dos movimentos sociais.