Ninguém traz números, aponta perdas, revela prováveis danos reais, em discursos apenas politicos
Tasso Franco , da redação em Salvador |
27/03/2017 às 17:26
Fátima Nunes (de branco na tribuna) fala e ninguém presta a atenção
Foto: BJÁ
Sem ninguém abordar o deficit previdenciário do governo federal, que pooderá chegar a R$116 bilhões em 10 anos se não houve uma reforma, a Assembleia Legislativa se transformou num palanque para criticas à Reforma da Previdência e a Lei das Terceirizações.
A deputada Fátima Nunes (PT) falava e um grupo de deputados conversava e sequer dava atenção ao que ela dizia, sobre vaias dadas por um grupo da APLB ao deputado João carlos Bacelar (PR) que não conseguiu discursar numa solenidade com o governador Rui Costa, em Riachão de Jacuipe.
O argumento de Fátima Nunes, como os demais, é político, uma vez que situa a reforma como prejudicial aos trabalhadores, em especial, às mulheres. A deputada Luiza Maia (PT) foi mais longe e disse que o governo Temer está transformando o Brasil em colônia dos Estados Unidos.
Já o deputado Bobô (PCdoB) disse que o prefeito ACM Neto vai pagar caro no ano eleitoral de 2018 por ter defendido a Reforma da Previdência e nada falou sobre o deficit previdenciário do Estado da Bahia, da ordem de R$3 bilhões ano.
O líder do PT, deputado Rosemberg Pinto, disse que a terceirização é um grande desserviço e também lembrou das vaias tomadas pelos deputados Mario Negromonte, em Cícero Dantas, e João Carlos Bacelar, em Riachão do Jacuipe.
CONTRA PONTO
No contra-ponto o deputado Hildécio Meireles (PMDB) comentou que os discursos dos petistas e aliados são meramente políticos e se tem um governo que terceiriza no Brasil é o de Rui Costa. Lembrou que, recentemente, a SEAP fechou um contrato de R$104 milhões com terceirizado de presidios.
FRANCO ATIRADOR
O deputado Targino Machado (PPS) avalia a terceirização de atividades-fim como absurda e vergonhosa. “Vamos voltar à época das senzalas, onde os direitos trabalhistas não existiam. Como ficarão o 13º salário, o FGTS e outros direitos adquiridos pelo trabalhador? A maioria dessas empresas que terceirizam mão de obra pertencem a políticos ou a seus familiares e protegidos. Não devemos poupar esses maus políticos que não fazem nenhuma cerimônia em prejudicar o povo, votando contra seus interesses ou roubando o dinheiro público.”
Para Targino, essa é uma vitória dos maus políticos e alerta o que está por vir: “Agora a bola da vez será a reforma da Previdência. A terceirização da mão de obra foi para levar o povo as senzalas. A reforma da Previdência é para levar o cidadão para o túmulo sem direito a aposentadoria.”