No total, o governo está investindo R$8 bilhões nos sistemas de água no Estado, mas, segundo Peixoto, ainda é pouco
Tasso Franco , da redação em Salvador |
13/03/2017 às 17:12
Cássio Peixoto (gravata vermelha) no depoimento na Assembleia
Foto: BJÁ
Em tom bem político, elogiando ações do governo federal e falando muito em suprapartidarismo, o secretário de Infraestrutura Hídrica e Saneamento do Estado, Cássio Peixoto, apresentou um balanço dos investimentos de sua pasta e as ações que estão sendo desenvolvidas para amenizar a seca, uma das mais prolongadas e violentas dos últimos anos na Bahia, e disse que a barragem do Rio Colônia estará concluida em agosto deste ano e se chover após isso, acabará o problema do abastecimento de água na região Sul, especialmente em Itabuna.
O secretário esteve presente numa sessão de comissões conjuntas da Assembleia, presidida pelo deputado Eduardo Salles (PP), nesta segunda-feira, 13, e destacou que 60% do território da Bahia sofre, no momento com a seca. Segundo Cássio o problema é gravissimo pois atinge quase todo o semiárido e outras regiões, algumas com projetos de irrigação de frutas, caso da banana, na região de Pindobaçu/Ponto Novo, onde são gerados 6 mil empregos diretos e não pode faltar água.
Peixoto destacou, ainda, que além da Barragem do Rio Colônia, o Estado investe na Barragem de Baraúnas, na região de Seabra/Boninal/Piatã; barragem do Rio Catolé, região de Conquista; barragem da Tapera e na Barragem de Ponto Novo.
Confidenciou que, no Estado da Bahia existem 503 barragens sendo 54 no âmbito do governo federal, 54 estaduais e o restante de responsabilidade dos municípios e divulgou que o Estado desenvolve um Plano de Segurança dessas barragens, elemento fundamental para o monitoramento de suas águas.
Para Peixoto, o processo de regulação e fiscalização desses mananciasa em barragens precisa ser melhor estruturado pela Agersa, "agência que necessita ter uma melhor capilaridade, especialmente no campo, onde há uma grande perda de água".
O secretário anunciu ainda que sua gestão está organizando o Portal da Água com câmaras nas adutoras e outros locais para acompanhar em tempo real o monitoramento das águas. Complementou, ainda que é de fundamental importância que cada município do Estado desenvolva seu Plano de Água. Por fim, destacou que com a ajuda do governo federal a Bahia deve investir R$2 bilhões na recuperação de bacias e nascentes.
