Os protestos contra a reforma na Previdência Social, proposta pelo Governo Federal, repercutiram também na Câmara de Salvador. A Tribuna Popular, na tarde desta segunda-feira, 13, foi ocupada por representantes de sindicatos operários, como Kalila Marinho, diretora da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), e Lucíola Conceição, coordenadora da Central Única dos Trabalhadores (CUT-BA).
Para Kalila “é fundamental a importância de todos os trabalhadores nesta luta. Temos a obrigação de contribuir com esse projeto, que pode impactar tanto na vida dos brasileiros. A mulher será a primeira a passar pelos malefícios dessa Reforma da Previdência”.
Na opinião de Lucíola “a reforma tende a aumentar a jornada de trabalho e diminuir a hora do almoço. Precisamos ficar atentos às propostas que trarão grandes prejuízos se forem aprovadas. Tratar igualmente as mulheres, não considerar a dupla ou tripla jornada que fazemos, é um retrocesso”.
Prós e contras
A partir das duas falas iniciais, como sempre acontece os vereadores se pronunciaram contra ou a favor das sindicalistas. Aladilce Souza (PCdoB) concordou: “A reforma não pode ser jogada nas costas das mulheres. Essa legislação quer acabar com a previdência pública”.
O tucano Cezar Leite (PSDB), no entanto, defendeu maior discussão do projeto e criticou os governos de Dilma Rousseff e Lula por não promoverem o debate: “Foi uma enorme irresponsabilidade do PT não fazer essa discussão. O governo federal ficou 13 anos no poder e não fez. Acho que não é a melhor das reformas, mas o tema precisa, sim, ser debatido com a população para que encontremos uma solução”.
Críticas à Prefeitura
Ainda na sessão desta segunda-feira o governista Daniel Rios (PMDB) criticou a ausência de suporte dado pela Prefeitura de Salvador ao tradicional Carnaval do Alto do Cabrito, ocorrido nesse domingo, 12. Ele participou da festa e foi um dos apoiadores do bloco da Rua 20.
“Uma lavagem que existe há mais de 14 anos e que os moradores daquela comunidade aguardam ansiosamente durante todo ano para ter a alegria de participar do principal evento da região. Ambulantes, bares e casas de família investiram dinheiro para o principal evento do bairro ofertando bebidas e almoços e não tiverem sequer um evento estruturado pelo poder público municipal”, reclamou.
Segundo ele foram muitas as reclamações dos moradores quanto à falta de providências nas áreas de iluminação pública, banheiros químicos, presença da guarda municipal e de agentes da Transalvador para ordenar o transito para idosos, crianças e pessoas de bem que esperavam mais pela tradicional festa do Cabrito.
“Assim como eu, o prefeito ACM Neto foi eleito por grande parte dos votos do Subúrbio Ferroviário de Salvador e o secretariado do prefeito falhou com um evento importante para região. Vejo grandes mobilizações e empenho para lavagens de bairros como Rio Vermelho e Itapuã. As programações são divulgadas antecipadamente e, além disso, a estrutura disponibilizada pelo poder público é outra. Imaginem uma festa de aproximadamente 30 mil pessoas com 20 banheiros químicos? É inaceitável. Eu preciso entender qual a distinção para a organização de festas populares realizadas na orla e no subúrbio ferroviário de salvador”.
Hospital Metropolitano
O líder da oposição, José Trindade (PSL), destacou o investimento de R$ 150 milhões na construção do Hospital Metropolitano. De acordo com o legislador, a obra, que conta com recursos do governo estadual e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), vai expandir a rede de atenção à saúde de alta complexidade.
“Iniciativas como estas são bem-vindas na gestão pública, pois é uma forma de consolidar o Sistema Único de Saúde (SUS), levando assistência de qualidade e alta tecnologia para populações mais necessitadas, garantindo, assim, a universalidade do acesso”, comemorou.
A licitação deve ser finalizada em abril deste ano e a construção num prazo de um ano, quando será entregue à população, oportunizando a contratação de mais de mil profissionais.