Política

DEPUTADO diz que Hospital da Mulher não atende como foi propagandeado

Comissão de Saúde da Assembleia solicita dados oficiais da SESAB
Tasso Franco , da redação em Salvador | 14/02/2017 às 17:02
Deputado Alan Sanches diz que inscritos estão em fila da regulação
Foto: BJÁ
  O deputado estadual Alan Sanches (DEM) afirmou na tarde desta terça-feira, 14, que o Hospital da Mulher inaugurado pelo governo do Estado no bairro de Roma, em Salvador, por enquanto, e até que a Secretaria de Saúde do Estado informe os procedimentos realizados no HM não estaria atendendo à altura da propaganda do governo sobre o local. 

  "Não diria que seja um elefante branco porque falta-me informações mais precisas, agora, há casos de pacientes que foram inscritões para procedimentos cirúrgicos e estão na fila da regulação", diz o deputado.
  
   Eleito vice-presidente da Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa, a qual já presidiu, o deputado cobra, através de requerimento, informações sobre o funcionamento do Hospital da Mulher.

   “Documento já foi aprovado no colegiado e que será encaminhado à Secretaria Estadual de Saúde (Sesab), buscando informações transparentes sobre a quantidade de cirurgias, procedimentos cirúrgicos realizados desde a sua inauguração, de forma a se poder fazer um contraponto em meio às muitas reclamações que temos recebidos neste sentido”, explicou, o parlamentar, que é médico por formação.

   DEFICIÊNCIAS 

   Os informes preliminares que temos, diga-se, não oficiais, apontam deficiências ou ausência em procedimentos de histerectomia, plástica vaginal, mamoplastia e laqueadura tubária. 

   "O que nós desejamos saber, na Comissão de Saúde, para que não haja dúvidas, são os números oficiais a serem fornecidos pela Sesab para que possAmos fazer uma análise da dimensão em que foi propagandeado o hospital e a sua realidade", frisou o parlamentar destacando que, no Hospital do Subúrbio, há um bom atendimento aos pacientes, "mas não há resolutividade".
  
   Alan destaca, ainda, que não quer levantar suspeitas sobre o funcionamento do HM, porém, admite que pode estar havendo falta de pessoal especializado para fazer as cirurgias e operar os equipamentos. O parlamentar, que é médico, atesta que o Estado paga mal e o trabalho de um cirurgião não se limita apenas ao ato de fazer a cirurgia.

   "Há todo um tipo de procedimento que envolve cinco caminhos ou fases, com a consulta para determinar a indicação da cirurgia, o procedimento operatório em sí, o pós operatório, o acompanhamento e a alta do paciente, isso, se não houver outras complicações, o que exige do médico um trabalho continuado e os órgãos que contratam esses profissionais, em tese, só enxergam o procedimento operatório, o ato da cirurgia, daí a recusa de profissionais por baixas remunerações", completou.