Política

Hilton Coelho critica aprovação da emenda que limita gastos públicos

Para o vereador o teto significa desrespeito a pactos internacionais
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 16/12/2016 às 17:44
Hilton: Temer não pode ficar no governo
Foto: LB

O vereador Hilton Coelho(PSOL) criticou a aprovação, pelo Senado Federal, da emenda constitucional que limita os gastos públicos durante os próximos 20 anos: “É lamentável ver o prefeito ACM Neto dizer que apoia o presidente não eleito Michel Temer diante de sua insensibilidade social. A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA), denunciaram que a aprovação da PEC implica em desrespeito a pactos internacionais. Com a redução dos gastos sociais, ela tende a violar os direitos humanos”.

Para o socialista há um visível o desgaste do presidente pemedebista: “O texto-base da proposta foi aprovada por 53 votos favoráveis e 16 contrários. No primeiro turno, havia sido 61 a favor e 14 contra. Até mesmo o líder do Democratas no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que Temer deve renunciar e cogitou a realização de eleições gerais, com disputa também para os cargos do Congresso. ACM Neto não consegue ouvir nem mesmo o que seu líder diz, quanto mais a vontade popular”.

A aprovação do teto de gastos, afirma o legislador, representa um grande retrocesso aos direitos da população, provocando um grave desmonte dos serviços públicos, especialmente da saúde e da educação. “Temer não tem a menor condição de continuar governando o Brasil. Quer acabar com os direitos sociais e redirecionar recursos para os credores da dívida e ACM Neto é seu aliado. Eles podem ganhar no Congresso, mas nós ganharemos nas ruas a manutenção e ampliação dos direitos conquistados com tantas lutas”, prega.

Tanto o prefeito da capital baiana quanto o presidente, critica o edil, “comemoram a miséria que se abaterá sobre nosso povo. Dizem que ‘é necessário o remédio amargo para salvar o paciente’. Ora, quem tomará o remédio amargo são os trabalhadores e o povo em geral e não eles e quem representam, os banqueiros, empreiteiros e grandes empresários”.