Política

DELATOR DA ODEBRECHT diz que Lúcio Vieira Lima recebeu R$1.5 milhão

Com informações da Folha.com
Da Redção , Salvador | 10/12/2016 às 16:37
Lucio Vieira Lima
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O ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Claudio Melo Filho afirmou em seu acordo de delação premiada que a construtora pagou R$ 7 milhões a parlamentares de destaque no Senado e na Câmara para garantir a aprovação de uma medida provisória de interesse da companhia no Congresso.

Os recursos, segundo o executivo, foram destinados aos senadores Romero Jucá (PMDB-RR), Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), cotado para suceder Renan na presidência da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, e Lúcio Vieira Lima (PMDB-AL).

Melo fechou com a PGR (Procuradoria Geral da República) um acordo pelo qual aceitou contar detalhes de pagamentos feitos a inúmeros políticos em Brasília. Diversos pagamentos feitos a Jucá, segundo Melo, tinham relação com assuntos de interesse da companhia no Congresso. Ele definiu Jucá como "Resolvedor da República no Congresso", a quem recorria constantemente para conseguir emendas e aprovações de leis e projetos.

Um dos episódios diz respeito à Medida Provisória 613/2013, que culminou no projeto de lei de conversão 20/2013 e permitiu a concessão de incentivos tributários aos produtores de etanol e à indústria química por meio de crédito presumido e da redução das alíquotas do PIS/Pasep e da Cofins. O maior resultado da medida provisória foi fazer com que a Odebrecht conseguisse economizar mais em impostos.

Em abril daquele ano, Melo, que vivia em Brasília, disse ter sido procurado por uma pessoa da Odebrecht para que atuasse com "objetivo de garantir a aprovação do texto vindo do Executivo". Nesse momento, disse o delator, Romero Jucá "solicitou apoio financeiro atrelado à aprovação do texto que interessava à companhia". 

No caso da MP 613, o deputado Lucio Vieira Lima (PMDB-BA) recebeu entre R$1 milhão e R$1.5 milhão por sua atuação na Comisão Mista, e, 2013