Política

Implantação do VLT no Subúrbio Ferroviário é tema de audiência na CMS

Rodoviários e moradores da região temem impactos negativos do novo modal
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 29/11/2016 às 19:10
O debate foi realizado no Centro de Cultura
Foto: Valdemiro Lopes

Uma audiência pública sobre a implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o Subúrbio Ferroviário foi realizada na noite dessa segunda-feira, 28, no auditório do Centro de Cultura da Câmara de Salvador, por iniciativa do vereador José Trindade (PSL). Um novo debate foi marcado para o dia 15 de dezembro para continuar discutindo a proposta com a população.

Trabalhadores do setor de transporte, principalmente da categoria rodoviária, compareceram em grande número. Eles temem que o novo modal provoque desemprego. Segundo Trindade o encontro serviu para esclarecer dúvidas sobre o projeto, que defendeu sua importância para a melhoria da mobilidade urbana em Salvador.

A apresentação do projeto ficou por conta do diretor presidente da Companhia de Transportes da Bahia (CTB), José Eduardo Copello: “Existem muitas possibilidades de integrações com o ferry-boat, lancha de Itaparica, Terminal Marítimo Plataforma-Ribeira, entre outros. Também vamos fazer um trabalho de valorização do que já existe. A Ponte São João, por exemplo, que é muito bonita e precisa ser destacada”. Questionado pelos trabalhadores sobre as possíveis demissões ele afirmou não estar sabendo nada sobre o assunto.

O secretário estadual da Casa Civil, Bruno Dauster, comentou que “o projeto se tornou viável no modelo de Parceria Público-Privada (PPP), e que, em uma segunda etapa, poderá fazer uma articulação direta com o metrô, seja no Retiro, com uma ligação Santa Luzia-Retiro, seja na Lapa, com uma ligação Comércio-Lapa”.

A respeito das desapropriações os moradores reclamaram que ainda não foi definido prazo e cobram informações sobre o processo de saída das suas moradias. Atualmente a malha ferroviária que liga Paripe à Calçada é de 13,6 quilômetros. Com o VLT a expansão até o Comércio e a localidade de São Luis, serão acrescentados 4,9 quilômetros.

As obras acontecerão em duas fases. A primeira, entre o Comércio e Plataforma, com 9,4 quilômetros, e a segunda, entre Plataforma e São Luiz, com outros nove. Os edis Aladilce Souza (PCdoB) e Orlando Palhinha (DEM) marcaram presença no debate, além dos eleitos Hélio Ferreira (PCdoB) e Marta Rodrigues (PT).