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Da Redação , Salvador |
25/11/2016 às 20:23
Leonardo Américo Silveira de Oliveira ao lado de Temer e Lúcio
Foto: DIV
A Polícia Federal conduziu coercitivamente nesta sexta-feira (25), durante a Operação Vigilante, Leonardo Américo Silveira de Oliveira, braço-direito do ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, segundo informações da Folha.
A ação da PF, em parceria com o Ministério da Transparência e a Controladoria-Geral da União (CGU), investiga fraudes em licitações para o transporte escolar no município baiano de Malhada de Pedras, que teria gerado um prejuízo de, no mínimo, R$ 3 milhões.
Américo integra o diretório do PMDB baiano e foi indicado por Geddel para a subchefia de Assuntos Federativos da Presidência, um dos postos mais importantes da Secretaria de Governo.
O aliado do ex-ministro é dono da empresa Serbem Serviços e Locações, que desde março deste ano presta serviços de transporte escolar na cidade, em um contrato de R$ 1 milhão.
Durante as investigações, conforme a CGU, foram identificados direcionamento na licitação, superfaturamento com adulteração de quilometragem de linhas percorridas e cobrança pela prestação de serviço de transporte em dias sem atividade escolar.
Ainda de acordo com a CGU, foram cumpridos na operação dois mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, oito conduções coercitivas, três medidas cautelares e 15 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Malhada de Pedras, Salvador, Alagoinhas, Itagibá e São José do Jacuípe.
VITÓRIA DA CONQUISTA
Vitória da Conquista/BA – A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagram hoje (25/11) a Operação Vigilante, visando desarticular um esquema de desvio de recursos federais destinados ao transporte escolar daquele município.
Cerca de 75 policiais federais e 9 auditores da CGU cumprem 2 mandados de prisão preventiva, 2 mandados de prisão temporária, 8 conduções coercitivas, 3 medidas cautelares diversas da prisão e 15 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Malhada de Pedras, Salvador, Alagoinhas e Itagibá e São José do Jacuípe, todos na Bahia.
Durante as investigações, foram identificadas fraude à licitação com direcionamento para contratação de empresa vinculada aos gestores municipais, superfaturamento mediante a adulteração da quilometragem das linhas percorridas e cobrança pela prestação de serviço de transporte em dias sem atividade escolar. Em alguns casos, a quilometragem cobrada era mais do que o dobro da distância real percorrida.
As empresas envolvidas no esquema receberam mais de R$ 6 milhões do município de Malhada de Pedras, dos quais, estima-se que pelo menos R$ 3 milhões tenham sido desviados.
Os envolvidos devem responder pelos crimes de responsabilidade de prefeitos, fraude em licitação, organização criminosa, além de ato de improbidade.
O nome da operação tem duplo significado: primeiro, deriva do nome da empresa utilizada pela organização criminosa, que em tupi significa vigilante; segundo, uma alusão aos órgãos de controle, que estão vigilantes quanto aos desvios de recursos públicos.