Política

Hilton Coelho aponta menos recursos para as áreas sociais na LOA 2017

Na análise do vereador os empresários ficam com a maior parte dos recursos
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 10/11/2016 às 19:23
Hilton: menos dinheiro para as áreas sociais
Foto: LB

Autor de mais de 20 emendas ao projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA) 2017, em tramitação na Câmara de Salvador, o vereador Hilton Coelho (PSOL) se diz preocupado com o teor da proposta: “É mais um reflexo do momento de ataques aos direitos das minorias e setores marginalizados no país. Há grande quantidade de recursos direcionados para os cofres das empreiteiras e quase nada para as demandas sociais”.

Suas sugestões foram para destinar mais recursos para as áreas sociais. Segundo ele “fica evidente o repasse de dinheiro para privilegiar as construtoras. O orçamento do BRT para 2017 é de R$ 223 milhões. Já para as ações na área social, os valores são muito baixos, comparando-se ao R$ 6,7 bilhões, que é orçamento previsto para 2017. São os meros R$ 10 mil para ações de combate à homofobia, o mesmo valor destinado para promoção de ações de cidadania para mulheres”.

Em sua opinião, na realização de ações de combate à violência contra as mulheres, a Prefeitura pretende investir apenas R$ 40 mil. “O orçamento total da Superintendência de Políticas para Mulheres, incluindo pessoal, é de R$ 4,6 milhões. Mas a previsão orçamentária para publicidade das ações do executivo é de R$ 37 milhões”, destaca.

Presidente da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente, o psolista vê a situação como preocupante: “Para capacitar profissionais na área ACM Neto destina os mesmos R$ 10 mil reais, valor também direcionado para capacitação profissional de jovens e familiares na Fundação Cidade Mãe. Os valores de investimentos destinados ao Conselho Tutelar são de apenas R$ 340 mil, o que é insuficiente para prover todo o aparelhamento necessário para as atividades do Conselho. Mas o prefeito reserva mais R$ 26 milhões para requalificação da orla na região da Prefeitura-Bairro Barra/Pituba, área da cidade já altamente beneficiada com infraestrutura urbana”.

Outra segmento com baixo investimento é o combate ao racismo institucional: “São R$ 3,9 milhões, uma queda de R$ 1,8 milhão em relação a 2016, já o gabinete do prefeito tem orçamento de R$ 117 milhões. Os direitos das mulheres, crianças e adolescentes, combate a homofobia, dentre outros, são atacados enquanto que recursos para publicidade e empreiteira não faltam”.