Marcha acontecerá dia 25 de outubro
Tasso Franco , da redação em Salvador |
18/10/2016 às 16:02
Deputado Zó, PCdoB, fala em defesa das vaquejadas
Foto: BJÁ
A 'Bancada do Boi' falou mais forte nesta tarde de terça-feira, 18, na Assembleia Legislativa e pelo menos 4 deputados da base governista e da oposição se posicionaram em defesa das vaquejadas e conclaram aos parlamentares que se unam aos vaqueiros e aos produtores rurais que marcharão para Brasília, dia 25 próximo, com o objetivo de sensibilizar o STF para mudar o entendimento sobre o fim das vaquejadas e alertar o Congresso Nacional sobre a agressão a cultura do Nordeste.
O deputado Zó, PCdoB, representante de Juazeiro e segundo ele 'catingueiro ribeirinho do São Francisco' chegou a fazer comparativos entre as vaquejadas e o torneiro de Barrêtos, em SP, "este sim, que tortura os bois e apertam partes vitais do animal para que ele fique mais furioso e isso ninguém acaba porque é uma cultura importada dos Estados Unidos e tem gente poderosa que a protege".
o parlamentar comunista chegou a declamar dois versos de abois nordestinos típicos das vaquejadas e disse que o "Brasil não é Brasil sem o Nordeste, assim como sem Sertão o Nordeste não é nada" e defendeu a cultura da Vaquejada dizendo que vai continuar nesse tom "doa no intelectual que doer". No entendimento de Zó, que também falava em nome da Associação dos Vaqueiros de Juazeiro, só quem não conhece uma vaquejada e não entende da economia popular do NE pode ser contra.
EDUARDO SALLES
Já o deputado Eduardo Salles, ex-secretário de Agricultura do Estado e parlamentar do PP, disse que via com bastante tristeza a decisão do STF sobre as vaquejadas do Ceará e destacou que a Bahia tem uma legislação que "regulamenta de forma muito sincera as vaquejadas, estabelecendo regras bastante clara em defesa dos animais, dos vaqueiros e da cultura do Nordeste".
Para Salles, a nova vaquejada, o modelo da nova vaquejada, obedece padrões de boa qualidade com uma caixa de areia mais profunda nas pistas e que protege os animais no momento das quedas, cavaleiro que sangra um animal é imediatamente desclassificado e citou que, na última Vaquejada de Serrinha foram usado centenas de animais e nenhum deles quebrou sequer uma pata.
"A vaquejada moderna é outra coisa e quem conhece os vaqueiros e os amores que têm pelos animais sabe que jamais ele vai maltrarar um cavalou ou um boi", completou.
PEDRO TAVARES E BIRA CORÔA
Os parlamentares Pedro Tavares (PMDB) e Bira Corôa (PT) também defenderam as vaquejadas, Tavares destacando que as vaquejadas fazem parte da cultura do Nordeste, e Corôa seguindo também nessa linha da cultura, da preservação de uma identidade nacional.