Veja comentários de deputados e a nota oficial do PT/BAHIA
Tasso Franco , da redação em Salvador |
04/10/2016 às 17:30
Deputado Zé Neto disse que foi ação "descabida"
Foto: BJÁ
O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Zé Neto (PT), criticou a ação realizada pela Policia Federal na sede do PT estadual recolhendo documentos considerando DE "descabida". O líder do PT na Assembleia, deputado Rosemberg Pino, também condenou a forma arbitrária utilizada pela PF na sede do PT no Rio Vermelho. Já a deputada Fátima Nunes (PT) destacou que a 'Justiça' no Brasil está tirando a paz das pessoas e repudiou a ação da PF na sede do PT.
No entendimento do deputado Zé Neto o PT não tem nada a temer e foi o partido que instaurou a transparência no Brasil com a Controladoria Geral da União, sob o comando de Waldir Pires e depois de Jorge Hage, e se a PF quer algum documento a direção partidária entregaria.
Em Brasília, na Câmara dos Deputados, o deputado federal Jorge Solla (PT), disse que a "ação conjunta da PF na sede do PT e na Propeg foi uma forma orquestrada para jogar uma cortina de fumaça e esconder as íntimas e antigas relações da agência de publicidade com o carlismo".
"Para quem não conhece, a Propeg é uma agência de publicidade tradicionalmente envolvida com o carlismo na Bahia. Tradicionalmente ligada à família do prefeito de Salvador. Para embaçar a apuração contra a Propeg, invade a sede do PT sem nenhuma ligação entre a Propeg e o Partido dos Trabalhadores", criticou Solla.
O deputado federal foi ainda mais longe e criticou a ação da Polícia Federal: "ataque de vandalismo. Invadiu 6 horas da manhã a sede fechada, sem nenhum vigilante, arrombou todas as portas, destruiu tudo o que viu pela frente. Não foi por acaso essa escolha. Hoje a denúncia da operação era contra a Propeg", afirmou.
NOTA OFICIAL DO PT/BAHIA
Estranhamente a Polícia Federal arrombou as portas da sede do PT/Bahia no Rio Vermelho, hoje (04/10) às 6h, horário em que não há funcionários do partido. A PF recolheu alguns documentos da Secretaria de Finanças e da Secretaria de Organização.
Segundo integrantes do Departamento Jurídico do PT, que chegaram após o arrombamento, o mandado de busca e apreensão era genérico, desacompanhado da decisão, não dizia o objeto da apreensão, não tinha nome de empresas nem o ano a que se refere.
Entretanto, nas conversas com os agentes, percebeu-se que se tratava de documentos referentes às contas da campanha de 2014 aprovadas por unanimidade. Os documentos já estão encartados.
O PT sempre esteve à disposição da justiça, mas nunca foi procurado para prestar qualquer informação. Por isso, considera desnecessários o arrombamento e o sensacionalismo desta ação.
Este é mais um ataque contra o partido e contra a democracia, por diversos motivos inclusive pela votação do PT e partidos aliados na Bahia contra o golpe na votação da Câmara e no Senado.
Salvador, 04 de outubro de 2016
Diretório Estadual do PT/Bahia