Política

CÂMARA DE VEREADORES renova 35% e Paulo deve continuar presidente (TF)

Antigos vereadores como Arnando Lessa, Gilmar Santiago e Pedrinho Pepê ficaram de fora
Tasso Franco , da redação em Salvador | 03/10/2016 às 10:58
Paulo Câmara, o mais votado, segue de olho no Tomé de Souza
Foto: BJÁ
   Em recente entrevista ao Bahia Já, o presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Paulo Câmara (PSDB), o mais votado nas últimas eleições com 18.271 votos disse que haveria uma renovação na Casa Legislativa de ordem de 25% a 30%. Quase acerta. Deu 35% com  poucas surpresas, mas, ainda asssim suficientes para mostrar que alguns comentaristas apressados e que deram o PCdoB fora do plenário, assim como Paulo Magalhães e Carballal se deram mal.

   Entre os dez primeiros lugares, a única surpresa, se é que podemos dizer isso uma vez que é herdeira dos votos de seu irmão, o deputado Marcell Moares, foi Marcelle Moraes, do PV, com 15.727 votos e sua campanha em defesa dos animais. No mais, todos foram esperados, ainda que, nem mesmo Paulo Câmara achasse que seria o mais votado na cidade. 

   Falava-se em Leo Prates ou Igor kannário, mas, Leo acabou em nono lugar, e Kannário fora da lista dos dez mais. O gueto não desceu como se esperava.

   A votação expressiva do pessoal ligado as igrejas evangélicas já era esperada: Luis Carlos com 16.530 votos e Isnar Araújo com 15.081, segundo e quarto lugares. Duda Sanches, o quinto, filho do deputado Alan Sanches fez uma das campanhas mais organizadas; e Hilton Coelho, do PSOl, o sexto, tem bom desempenho na Casa e era o único nome acreditável do PSOL. Teve mais votos 14.168 do que o candidato a prefeito de seu partido Fábio Nogueira 13.618.

   O sétimo colocado, Geraldo Júnior SD, 13.685 votos é filho do ex-vereador Super Geraldo, já foi ligado a João Henrique, mas pulou fora da nau dos insensatos a tempo e tem bom trabalho nos bairros; e Carlos Muniz, PTN, oitavo lugar com 13.129 votos é um veterano bom de votos. Ainda entre os dez mais, Leo Prates com 12.549 votos; e Claudio Tinoco 12.348 votos, ambos do DEM, ligados ao prefeito. Votos também esperados. 

   O prefeito ACM Neto saiu ainda mais fortalecido na Câmara e a coligação DEM/PRB/PMB fez 10 vereadores: Luis Carlos (PRB), Duda Sanches (DEM), Leo Prates (DEM), Cláudio Tinoco (DEM), Rogério Santos (PRB), Ireuda Silva (PRB), Maurício Trindade (DEM), Palhinha (DEM), Aleluia (DEM) e Ana Rita Tavares (PMB); a coligação SD/PV fez 5 vereadores Marcelle Moraes (PV), Geraldo Jor (SD), Paulo Magalhães Jr (PV), Carballal (PV) e Sabá (PV). Ficaram de fora dois atuais vereadores J Carlos Filho e Kátia Alves.

   Ainda na base governista o PHS/PTdoB fez 4 vereadores: Isnard Araújo (PHS), Igor Kannário (PHS), Cátia Rodrigues (PHS) e Teo Senna (PHS) ficando de fora o vereador Alemão. 

   A coligação PMDB/PSDC fez 3 vereadores: Daniel Rios (PMDB), Alfredo Mangueira (PMDB) e Felipe Lucas (PMDB) ficando de fora o vereador Pedrinho PP e batendo na trave Pedro Godinho, primeiro suplente. O PTB/PPS elegeu Kiki Bispo (PTB), Beca (PPS) e Joceval Rodrigues (PPS), este lider do governo na atual legislatura. Ficaram de fora os vereadores Euvaldo Jorge e Leandro Guerrilha.

   Na oposição, o bloco PCdoB/PSD/PT elegeu 6 vereadores: Suica (PT), o mais votado (já era esperado), Hélio Ferreira (PCdoB) ligado ao Sindicato dos Rodoviários; Aladilce (PCdoB), Marta Rodrigues (PT), Edvaldo Brito (PSD) e Moisés Rocha (PT). Marta Rodrigues retorna a Câmara e deixam o plenário 3 vereadores atuais: Lessa, Gilmar Santiago e Vâna Galvão. Causou surpresa a baixa votação de Gilmar Santiago, vereador combativo e ligado a Valter Pinheiro (5.534 votos).

   O PSOL/Rede elegeu Hilton Coelho; o PDT/PRODS/PSL Odiosvaldo Vigas (PDT) e Trindade (PSL); a coligação PR/PP não elegeu ninguém e o ex-prefeito João Henrique decepcionou com apenas 5.292 votos. Foi a derrota mais expressiva do pleito uma vez que JH foi prefeito da capital durante 8 anos. Isso significa dizer que perdeu complementamente a credibilidade no que fala. 

   Causou surpresa, ainda, o fato do deputado Isidório ter mais de 110.00 votos e não eleger nenhum vereador; assim como o candidato Cláudio Silva com 19.141 votos não conseguir eleger sequer João Henrique.

   A Câmara de Vereadores que já era majoritartiamente favorável ao prefeito ACM Neto ficou ainda mais favorável. E, Paulo Câmara, por ter sido o mais votado, tem tudo para renovar seu mandato como presidente, em mais uma legislatura, pelo menos. 

   O propósito inicial de Câmara, ele mesmo dizia, "era atravessar a praça para ser prefeito", na vice de Neto. Como não deu porque as circunstâncias políticas mudar com a ascensão do PMDB no Plaantlo Central, relegeu-se vereador e segue de olho no Tomé de Souza.