Política

LÍDER DO PSD diz que prisão de Palocci mostra extensão da corrupção

Veja declarações do deputado Antonio Imbassahy
Da Redação , Salvador | 26/09/2016 às 16:52
Palocci chega a Curitiba algemado
Foto: PR PRESS
  A prisão do ex-ministro Antonio Palocci na 35ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada pela Polícia Federal nesta segunda-feira (26), mostra que a corrupção do PT não se limitou ao esquema na Petrobras, avaliam tucanos. De acordo com a PF, Palocci continuou a negociar propinas pagas pela Odebrecht mesmo depois de deixar o governo.

  Para o líder do PSDB na Câmara, deputado Antonio Imbassahy, a prisão constrange o ex-presidente Lula e o PT, já que Palocci foi um dos personagens mais importantes no primeiro mandato do petista. “Palocci e o ex-ministro José Dirceu davam suporte para todas as decisões de Lula. Essa prisão mostra de maneira muito clara que a prática de ilícitos não aconteceu apenas na Petrobras. Aconteceu também em outros segmentos da administração pública brasileira”, alertou.

  Palocci foi ministro da Fazenda na gestão Lula e assumiu a Casa Civil na época de Dilma. Ele deixou o governo em 2011. Segundo a força-tarefa da Lava Jato, ele intermediou o pagamento de propinas entre 2006 e novembro de 2013. Os investigadores alertam que a Odebrecht repassou dinheiro em troca de vantagens no governo federal. Parte do valor teria sido encaminhada ao PT.

JÁ ESTÁ EM CURITIBA

O ex-ministro Antonio Palocci (PT), preso na manhã desta segunda-feira (26) durante a 35ª fase da Operação Lava Jato, chegou ao aeroporto de Curitiba por volta das 14h30. Além dele, Juscelino Antônio Dourado e Branislav Kontic estavam no avião da Polícia Federal (PF).

Eles também foram presos nesta segunda-feira. Juscelino era ex-secretário da Casa Civil e Branislav atuou como assessor na campanha de Palocci em 2006. Os três investigados foram presos em São Paulo, de onde o avião da PF decolou por volta das 13h30.

Ainda na tarde desta segunda-feira (26), os investigados passaram pelo exame de corpo de delito no Instituto Médico-Legal (IML) de Curitiba. O procedimento é padrão logo depois da prisão.

As três prisões são temporárias e têm prazo de validade de cinco dias. Depois disso, podem ser prorrogadas pelo mesmo período ou convertidas em prisão preventiva, que é quando o preso fica detido por tempo indeterminado.

Antônio Palocci foi ministro da Casa Civil no governo Dilma Rousseff e ministro da Fazenda no governo Lula. A prisão dele foi pedida pela Polícia Federal (PF) e acatada pela Justiça. O ex-ministro foi detido em apartamento na Alameda Itu, no bairro Jardins, em São Paulo.

Nesta segunda, o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, decretou o bloqueio nas contas bancárias dos três. O valor do bloqueio é de R$ 128 milhões para cada um dos investigados.