O tratamento diferenciado, dado pela Prefeitura a funcionários da Guarda Municipal e da limpeza urbana, foi criticado nesta sexta-feira, 23, pela coordenação do Sindilimp-BA e pelo vereador Luiz Carlos Suíca (PT). Isso porque o guarda que agrediu um motorista na Av. Antonio Carlos Magalhães, no Itaigara, na última quinta-feira, 22, foi afastado de suas funções, mas o espancamento a uma guarnição inteira de garis até hoje não foi punida.
O petista disse concordar com o afastamento do agente do Grupamento Especial de Proteção Ambiental (Gepa). Após a colisão do carro da vítima com uma viatura oficial houve a agressão. O profissional ficará fora das ruas até a conclusão do processo administrativo pela Corregedoria da GCM, segundo nota emitida pelo Município.
O edil defende medida semelhante para todos os guardas agressores: “Isso mostra que há um preconceito contra a categoria dos garis. Eu acho que nenhum cidadão merece ser agredido, o papel da guarda municipal não é esse, nós lutamos por uma guarda com mais cidadania, mas alguns deles se acham donos da verdade quando empunham uma arma”.
Em sua opinião a questão deve ser pensada de maneira mais democrática: “Sou solidário ao motorista que foi vítima, assim como outras tantas, mas precisou que acontecesse com uma pessoa de maior poder aquisitivo, em um bairro nobre da capital, para que a prefeitura tomasse providência da guarda municipal, afastando de imediato o guarda. Mas no caso dos garis, dos negros, dos camelôs, nenhuma medida é tomada. Já vivemos num clima de terror na cidade, nós também precisamos de segurança, e ela não deve ser feita com mais violência, precisamos de uma guarda cidadã”.