ACM foi um dos politicos mais importantes da Bahia
Tasso Franco , da redação em Salvador |
04/09/2016 às 10:53
Adroaldo Ribeiro Costa (A Hora da Criança) homenageia ACM no aniv de 1971
Foto: Arquivo TF
O ex-governador da Bahia, Antonio Carlos Magalhães, em três mandatos (1971/74; 1979/82; 1991/94) dois deles nomeado pelos militares do golpe de Estado de 1964, na época intitulada Revolução de 31 de Março, e ex-senador e presidente do Senado, um dos políticos mais influentes e poderosos da vida politica do Estado completaria hoje, se vivo fosse, 89 anos de idade.
Como seu grupo político está no poder apenas na Prefeitura de Salvador e alguns municípios do interior as homenagens à sua memória ficam restritas ao prefeito da capital, ACM Neto, como o própio nome diz, neto de ACM e aos seus familiares. A memória política baiana - e isso não se restringe somente a ACM - é a assim mesmo, esquecida, adormecidade, oportunística.
É só lembrar que ninguém - salvo os familiares - reverencia mais ex-governadores que faleceram há pouco tempo como Lomanto Jr, Luis Viana Filho e Antonio Balbino. Não deveria ser assim, mas, é. Lomanto, por exemplo, que foi o mais recente a falecer não recebeu uma homenagem mais significativa, ele que teve um simbolismo todo especial, ao ser o primeiro governador eleito com a bandeira do municipalismo.
Antonio Balbino de Carvalho Filho ficou mais imortalizado na letra musical de Gil e referência ao Bahiano de Tênis do que qualquer outra coisa e Régis Pacheco, só é lembrado em Conquista.
A obra literária de Luis Viana Filho é vasta e importantíssima, desde seu estudo sobre os negros até a biografia de Castelo Branco. Hoje, quase ninguém mais a lê e suas últimas ediçõs datam de décadas passadas.
Há, é verdade, um memorial dos Governadores, mas pouco divulgado e posto de lado dos roteiros de visitas estudantis e do turismo. ACM tem um memorial próprio graças ao esforço de sua familia, situado no Pelourinho.
Não vou nem falar da história mais antiga da Bahia porque aí o esquecimento é total. Agora mesmo, a Avenida Sete fez 100 anos, obra do governo J.J. Seabra, e o velho Seabra foi sequer reverenciado. (TF)