Uma pesquisa inédita, com o perfil das 28 vereadoras de Salvador no período de 1936 a 2016, será apresentada no próximo dia 25 pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara de Salvador, em parceria com o Memorial da Casa. Uma exposição virtual com esse acervo será aberta no foyer do Centro de Cultura da CMS, às 16 horas.

Para a presidente do colegiado, Aladilce Souza (PCdoB), é uma justa homenagem às mulheres que contribuem para a gestão municipal: “Ainda estamos sub-representadas, avançamos muito na legislação, mas nossa presença na política não expressa em números a importância que temos no desenvolvimento sociopolítico e econômico no País”.

No lançamento haverá uma homenagem às ex-vereadoras e a exibição do vídeo da campanha “Seu voto sua voz. Mais mulheres na política”, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O presidente do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), desembargador Mário Alberto Simões Hirs e o presidente da CMS, Paulo Câmara (PSDB), foram convidados para a solenidade.

A pesquisa contou com a participação da analista legislativo Iris Dourado; da assistente social e assessora da Comissão, Claudia Correia; da museóloga do Memorial, Rosângela Karine Esteves; e das estagiárias de História, Mayara Santos, e de Serviço Social Ilana Deiró e Nadiane Souza. A exposição será divulgada em setembro no portal www.cms.ba.gov.br, na TV Câmara e integrará o acervo do Memorial.

O estudo identificou 28 edis, representando 18 siglas partidárias. A primeira foi a professora Laurentina Pugas, eleita aos 28 anos, pelo PSD, em 1936. O mandato, porém, durou cerca de dois anos, pois com a implantação do Estado Novo, em novembro de 1937, a Câmara foi fechada e só reabriu em 1948, mediante eleição popular, realizada em dezembro de 1947. Laurentina retornou à Câmara em seu segundo mandato até 1955, também pelo PSD. Em 1956, assumiu o seu terceiro mandato, pela UDN, ficando até 1959.