“A única preocupação do prefeito é arrecadar e privilegiar os bairros de classe média alta. Os investimentos sociais são praticamente inexistentes”. A afirmação é do vereador Gilmar Santiago (PT), analisando o resultado do Índice Firjan (Federação das Indústrias do Rio de Janeiro) de Desenvolvimento Municipal, no qual a capital baiana ficou na 512ª colocação. O indicador mede as condições de educação, saúde, emprego e renda nos mais de 5 mil e 500 municípios do país.
Segundo o petista a pesquisa aponta um crescimento na receita própria, mas os investimentos não tiveram o mesmo desempenho e esta área foi considerada crítica. O estudo aponta dificuldades na gestão de Salvador e apesar do orçamento municipal ter margem de sobra para gastar com pessoal o reajuste concedido aos servidores foi zero.
“Temos uma gestão com aumento excessivo de tributos e baixo investimento. Esse estudo da Firjan desmonta o discurso de eficiência do prefeito”, criticou o edil, lembrando que o mesmo índice colocou a cidade como a 23ª capital e o 1.704º município no ranking de desenvolvimento socioeconômico.
Crítica a Temer
Numa linha semelhante de críticas a líder do PT e presidente da Comissão de Reparação da CMS, Vânia Galvão, chamou a atenção para medidas do presidente interino Michel Temer referentes à educação superior: “Este governo golpista está provocando uma crise no ensino superior, já reduziu recursos dos programas de financiamento e agora pretende reduzir o orçamento anual das universidades federais”.
Para ela a aprovação da PEC 241 pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, prevendo a redução nos investimentos em saúde e educação “é um absurdo, estamos retrocedendo, enquanto todo o mundo caminha para o incentivo à formação superior e a pesquisa, nosso país está restringindo o acesso à educação”.
Ainda em sua opinião a proposta de orçamento que o Ministério da Educação enviou para as universidades federais com 19 a 45% a menos de recursos com relação ao ano passado “representa redução de bolsas de pós-graduações, das atividades de extensão, da aquisição de materiais e equipamentos de ensino e pesquisa. Além disso, as instituições ficarão impossibilitadas de aprofundar políticas de inclusão e assistência aos estudantes em situação de vulnerabilidade bem como garantir as condições de segurança e preservação do patrimônio institucional”.
Segundo a parlamentar “ou vamos às ruas e lutamos para tirar esse governo golpista ou vamos perder todas as conquistas e direitos que conseguimos os últimos 12 anos nas gestões de Lula e Dilma. Não se trata de questões políticas, mas sim uma luta pela democracia, inclusão social e desenvolvimento nacional”.