Duas datas foram destacadas por vereadores nesta quinta-feira, 11. A primeira delas pelo novo líder da oposição, Sílvio Humberto (PSB), quando lembrou a Revolta dos Búzios, ocorrida em 12 de agosto de 1798, resultando no enforcamento de líderes negros na Praça da Piedade, por reivindicar mudanças políticas e sociais.
De acordo com o socialista “há exatos 218 anos, Lucas Dantas, João de Deus, Manuel Faustino, Luis Gonzaga deram suas vidas em prol da liberdade, igualdade e fraternidade. Essa aurora ainda raiou, seguiremos lutando; a Revolta dos Búzios não morreu, ainda está de pé, como traduz a bela letra imortalizada pelo Olodum”.
Em sua opinião o Olodum mantém viva a memória do movimento libertário: “É a instituição engajada em desenvolver ações que valorizam e divulgam a importância histórica da Revolta dos Búzios, seu legado, bandeiras de luta e de igualdade”.
Também conhecido como Conjuração Baiana e Revolta dos Alfaiates o movimento teve cunho abolicionista. Entre os dizeres de seus panfletos o mais conhecido foi: “Aviso ao povo bahianense, que está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade, tempo em que todos seremos irmãos, tempo em que todos seremos iguais”.
Dia do Estudante
A outra data ressaltada foi o Dia do Estudante, comemorado em 11 de agosto, pela líder do PT e presidente da Comissão de Reparação da Casa, Vânia Galvão, que defendeu mais atenção para os educandos da rede municipal de ensino e para as creches e programas inclusivos.
Segundo ela “Salvador tem cerca de 140 mil crianças de zero a cinco anos de idade necessitando de creches, e o prefeito ACM Neto em todo este tempo não se mobilizou para resolver a situação. Além disso faltam programas inclusivos que incentivem o esporte e a profissionalização; são atividades extracurriculares que ampliam a capacidade cognitiva do educando, oferecendo-lhes oportunidades de desenvolvimento social e econômico”.
A edil fez também duras críticas ao Plano Municipal de Educação enviado pelo prefeito à CMS e aprovado sem maiores discussões, gerando revolta, principalmente do corpo docente: “Com a maioria na Câmara, o prefeito acaba fazendo o que quer. Educação é um dos mais importantes serviços públicos, qualquer mudança no sistema ou possiblidade de interferências na gestão das unidades educacionais deve se discutida ao máximo entre legisladores, educadores e comunidade, mas isso não ocorreu”.
A líder também critica a falta de conteúdos sobre gênero no documento: “Em pleno século XXI estamos submetidas à cultura do estupro e a diversas formas de agressão à mulher, é preciso revertermos esse quadro, e o primeiro passo é através da educação”.