Professores, alunos, diretores e vereadores de Salvador comemoraram, na manhã desta quarta-feira, 10, os 33 anos da Universidade Estadual da Bahia (Uneb), em sessão especial realizada no Plenário Cosme de Farias. Foi destacado o pioneirismo da instituição na adoção de políticas afirmativas e sociais de inclusão.
O encontro foi requerido e dirigido pela vereadora Vânia Galvão (PT), presidente da Comissão de Reparação da Câmara Municipal de Salvador, e também contou com a presença dos edis Aladilce Souza (PCdoB) e Gilmar Santiago (PT), unânimes ao ressaltar a importância da universidade para a população da Bahia.
“São 56 anos de história e 33 anos de institucionalização da Universidade Estadual da Bahia. Adotou a lei de cotas para negros e índios e formou mais de 90 mil profissionais. A Uneb contribui muito para a geração de empregos diretos e indiretos, estimula o desenvolvimento de jovens que não teriam condições de deslocamento para grandes centros. A Uneb, em todos esses anos, tem conseguido excelência em sua atuação”, elogiou Vânia.
Fundada em 1983 é administrada pelo reitor e professor José Bites de Carvalho e mantida pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Educação. Possui 29 departamentos instalados em 24 campi de ensino distribuídos em importantes municípios da Bahia. A instituição oferece mais de 150 cursos de graduação e pós-graduação por meio de ensino presencial e de educação à distância.
Educação transforma
Para a vice-reitora Carla Liane Nascimento dos Santos a Uneb simboliza o compromisso com a educação pública de qualidade: “A iniciativa de a Câmara realizar essa sessão especial vem selar o compromisso com a educação pública e superior. A principal via de mudanças e transformações sociais para a nossa população é através da educação”.
Ela revelou a existência de um projeto para a implantação de uma nova unidade com ensino à distância e, posteriormente, presencial no Subúrbio Ferroviário de Salvador: “Seremos mais uma vez pioneiros e chegaremos aonde nenhuma outra universidade pública ousou ir”.
Na opinião da presidente da União dos Estudantes da Bahia, Nágila Maria, “celebrar a Uneb é festejar, também, a trajetória de luta do povo baiano”. Para ela a instituição tem a obrigação de abraçar a luta por uma educação pública, gratuita, inclusiva e de qualidade.
Além dos citados, também fizeram parte da mesa, durante a solenidade, o representante do Sindicato dos Transportadores Escolares e Turísticos do Estado da Bahia (Sintest), Everton Lima; e a vice-presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Jamile Silva.
Campus no subúrbio
Gilmar disse não ter dúvidas sobre a implantação do campus no subúrbio ferroviário durante a gestão do reitor José Bites, com a sensibilidade do governador Rui Costa. Ele destacou o pioneirismo nacional da Uneb no sistema de cotas para negros e indígenas e a referência nos pré-vestibulares do Universidade Para Todos: “Só no bairro de Valéria foram três núcleos, com cerca de 80% de aprovação dos jovens”.
Conforme disse é preciso difundir conhecimento para ir na contramão do prefeito ACM Neto, que estimula a concentração de renda e os investimentos nos bairros mais ricos: “Com crise ou sem crise, Salvador é a capital do desemprego, por isso temos que desconcentrar as ações”.