Política

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA APROVA PEC DO SOLDADO por acordo de lideranças

Liderança do governo veta o nome de Prisco e projeto da PEC teve que ser repassado para um governista
Tasso Franco , da redação em Salvador | 09/08/2016 às 17:46
Prisco: "Os militares sabem quem é o verdadeiro autor do projeto"
Foto: BJÁ
   A Assembleia Legislativa aprova nesta terça-feira, 4, por acordo de lideranças uma PEC - Projeto de Emenda Constitucional - originalmente do deputado Prisco (PPS) repassado e assinado pelo deputado Adolfo Menezes (PSD) que muda o artigo 46 da Constituição estabelecendo que "o servidor militar estadual em atividade que tomar posse em cargo público civil permanente será transferido para a reserva, na forma da lei, salvo quando se tratar de um cargo de professor ou privativo de profissional da saúde com profissão regulamentada, sendo assegurada a acumulação desde que haja compatibilidade de cargo". 

   Ou seja, um soldado, sargento, tenente, etc, que for professor profissional de saúde pode também trabalhar nessas funções desde que não atrapalhe seus serviços na caserna ou no patrulhamento das ruas. O limite será de 20 horas. As questões relacionais à aposentadorias ficaram em aberto. Votram 39 deputados.

   Méritos, também, para o deputado Adolfo Menezes (PSD) que conseguiu juntamente com a liderança do governo colocar nesta terça, em plenário, um bom número de deputados, 39 no total. 
   Intitulada de "PC do Soldado", o deputado Priso (PPS), na tribuna da plenário disse que os militares sabem quem "lutou por essa PEC há mais de 1 ano e meio, mas, tive que abdicar de minha autoria numa atitude nobre, pois, o importante é o benefício da categoria".

   Segundo Prisco comentou com o BJÁ houve vetos da liderança do governo para que "eu não fosse, nem o autor do projeto, nem sequer o relator, condição em que estive até esta manhã de terça quando fui informado pelo presidente Marcelo Nilo que o governo não aceitaria sequer minha relatoria".

   Prisco situou, no entanto, que a tropa sabe que ele é o autor do projeto e de outros que visam melhorar e defender a vida do profissional militar. Na opinião de Prisco, "hoje perdemos mais um companheiro (soldado morto por bandidos no Pernambués) e este governador nada tem feito pela categoria e a situação tem piorado", frisou.

   O parlamentar denunciou que a situação de várias companhias na capital e no interior é precaríssima, citando como exemplo a CIA de Lobnato, e que num momento deste da Olimpiada, mesmo depois do evento anunciado há oito anos, tem militar atuando sem colete a prova de balas e sem armamento. 

  "Enquanto isso, o governo gasta R$250 milhões num gabinete de luxo para o secretário da Segurança no Centro Administrativo da Bahia"

COMARCAS

Outro PL a ser aprovado é o que eleva as comarcas de Guanambi e Jacobina a níveis mais elevados.