A Fundação Gregório de Mattos deveria ter trabalhado melhor a organização da festa
Tasso Franco , da redação em Salvador |
02/07/2016 às 14:15
Vazios enormes entres os blocos que desfilaram na festa civica
Foto: BJÁ
Os baianos foram às ruas do Centro Histórico de Salvador entre a Lapinha e a Praça Municipal para comemorar o 2 de Julho, a festa popular pelos 193 anos de Independência da Bahia do jugo português.
Nos últimos anos foi a mais desorganizada festa da cultura popular baiana que já se presenciou, com vazios entre os integrantes do desfile, muita política, pouca pazrticipação popular cívica e a presença de grupos de protestos contra tudo e todos, Temer, Rui, ACM Neto, falta de empregos, melhor educação, nomeação de concursados e assim por diante.
Com as autoridades principais integrantes de facções politicas diferenciadas, o governador Rui Costa, do PT; e o prefeito ACM Neto, do DEM; salvo a solenidade na Lapinha, cada qual tomou seu rumo e desfilaram mais fazendo politica do que qualquer outra coisa.
Nem usam mais paletó e gravata. É na base da roupa esportiva e abraços nos populares. O governador partiu na frente numa pressa enorme e às 10h30min já estava na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, cercado de seguranças e cumprimentando os populares.
O prefeito ACM Neto veio atrás e só chegou ao pelourinho uma hora depois. Às 11h20min, ainda estava na Ladeira do Boqueirão, igualmente cercado de seguranças e cumprimentando o povo no estilo do seu avô ACM.
Na Ladeira do Pelourinho foi carregado por partidários quando o governador já estava em Ondina.
Os carros da cabocla e do cabloco vieram logo atrás do bloco do prefeito puxados por uma banda da PM e na retaguarda a Orquestra de Reginaldo de Xangô. É o ponto alto da festa a passagem dos caboclos, quando ainda há algum civismo.
Os grupos de protestos não entusiarmaram nem sensibilizaram as pessoas que estavam nas ruas. Passaram batidos. O Fora Temer foi tão mixórdio quangto os blocos do PCdoB e do PT. Aliás, o bloco do PT nem existiu direito e seus partidários politicos estavam dispersos. Nunca vi nada igual. O PSB minguou de vez.
Diria que a chuva atrapalhou um pouco o brilhantismo da festa e a Fundação Gregório de Mattos sequer colocou o arco simbólico na entrada do Pelourinho, altura do corredor da Baixa dos Sapateiros.
Turistas? nem aqueles pobres argentinos descamisados apareceram. O 2 de Julho ficou muito a desejar. (TF)
