Política

CMS e organizações sociais pedem fortalecimento do Serviço Viver

Abraço simbólico será dado no próximo dia 5
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 01/07/2016 às 23:11
Aladilce: não à violência contra as mulheres
Foto: Ascom da vereadora

Um abraço simbólico no Serviço de Atenção a Pessoas em Situação de Violência Sexual (Viver) mantido pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia será dado no próximo dia 5, às 10 horas, numa iniciativa conjunta da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara de Salvador, Coletivo de Mulheres do Calafate, Rede de Mulheres do Subúrbio, Rede de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Coletivo Madas e órgãos públicos como a Defensoria Pública do Estado e o Ministério Público (MP-BA).

O objetivo é pedir o fortalecimento e a ampliação do Viver, que funciona há 15 anos, acolhendo pessoas em situação de violência sexual. No mesmo dia, uma hora antes os organizadores darão uma coletiva à imprensa.

Para a presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da CMS, vereadora Aladilce Souza (PCdoB), a ação é fundamental para garantir os direitos das vítimas: “Nenhuma forma de violência deve ser tolerada, os crimes precisam ser punidos e as vítimas apoiadas, é uma exigência da sociedade, o Estado deve ser sensível”.

Estupros

Em 2015, segundo a SSP, foram registrados na Bahia 2.818 casos de estupro, sendo 214 na Região Metropolitana e 531 na capital baiana. De acordo com dados do Serviço Viver entre janeiro e setembro de 2015 foram computados 217 estupros de vulnerável, sendo a faixa etária mais comum nos atendimentos do órgão entre 12 e 15 anos (107 atendimentos num total de 431 casos de violência sexual nesse período).

A ideia do abraço surgiu na audiência pública realizada no dia 20 de junho, com o tema “A importância do Serviço Viver no enfrentamento à violência sexual”, promovida pelo colegiado e pelo setor especializado em Direitos da Criança e do Adolescente da Defensoria Pública do Estado.

A intenção é apoiar a reestruturação do equipamento, que conta com uma equipe multidisciplinar, mas incompleta devido ao vencimento dos contratos com recepcionistas advogados, psicólogos, médicos e assistentes sociais. Em função da carência de pessoal, a unidade de Periperi está fechada desde fevereiro deste ano.