Política

PEC DE ADOLFO propõe que PMs e Bombeiros ocupem dois cargos públicos

Hoje, a Constituição do Estado proíbe essa situação. Há projeto mais amplo tramitando no Senado da República.
Tasso Franco , da redação em Salvador | 16/06/2016 às 10:31
PEC conta com assinatura de 46 deputados
Foto: BJÁ
   Está tramitando na Assembleia Legislativa da Bahia uma PEC - Projeto de Emenda Constitucional - (precisa de 2/3 dos deputados para sua aprovação) que permite a possibilidade aos servidores públicos Policias Militares e Bombeiros ocuparem mais de um cargo, nas condições de professor e/ou médico. A PEC é de autoria do deputado Adolfo Menezes (PSD), vice-presidente da Casa, e já conta com 46 assinaturas de parlamentares (vide foto).

  Hoje, a Constituição Estadual veta aos PMs e aos Bombeiros que exerçam oficialmente outras profissões, ainda que se sabe que muitos deles trabalham de forma clandestina em atividades de segurança, taxistas, instrutores em academais e outras.   

   Segundo Adolfo, nada mais juntos de que PMS e Bombeiros possam também serem contratados oficialmente como professores e médicos desde que não interfira nas suas atividades principais das corporações. "Há espaço de tempo para isso e a maioria da Casa é simpática e apoia o nosso projeto", frisou.

  TACÓGRAFOS

  O parlamentar do PSD comenta ainda para o BJÁ que teve um PL aprovado pela Casa, a colocação de tacógrafos de velocidade nos ônibus interestaduais, mas, até agora o governador Rui Costa ainda não fez a devida sanção e recomendação aos órgãos oficiais para que essa medida seja adotada.

  "Recentemente houve aquele acidente em SP com 18 mortes e a Bahia não está livre de uma situação similar porque a maioria dos motoristas está rodando com os ônibus dobrando horários e ninguém aguenta uma coisa dessas, não tem ser humano que resista", frisou.

   Adolfo lembra que a empresa São Luis, que roda para a sua região - Campo Formo, Bonfim, Juazeiro - atuava com dois motoristas numa viagem para Juazeiro (média de 8 horas) e agora opera só com um motorista com jornada para ir e voltar. "Só nas proximidades de Riachão de Jacuipe são 20 quebra-molas e o motoristas tem que estar ligado e isso gera uma enorme tensão e desgaste físico na viagem", completou.