Política

HILTON COELHO aponta fraude no projeto do Plano Municipal de Educação

Segundo o vereador nenhuma das instituições citadas pelo texto oficial deu aval para sua elaboração
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 10/06/2016 às 20:22
Hilton Coelho: ACM Neto comete fraude
Foto: LB

A tramitação do Plano Municipal de Educação também está sendo questionada pelos vereadores de oposição na Câmara de Salvador. Membro da Comissão de Educação da CMS, Hilton Coelho (PSOL) classificou como fraude o uso de nomes de entidades respeitáveis como as universidades Federal da Bahia (UFBA) e do Estado da Bahia (Uneb), Fórum Baiano de Educação Infantil (FBEI) e o próprio colegiado do Legislativo na mensagem de encaminhamento do projeto.

Segundo o socialista “todas as representações deixaram patente que não participaram da elaboração de absolutamente nada a respeito do PME. Qual a razão de tanta pressa em provar algo feito sem a menor participação da categoria e das entidades?“.

Ele lembra que “as instituições que atuam na área da educação mostram que a construção do PME nem ao menos foi apresentado. Não tiveram acesso à minuta e depois foram surpreendidas com a utilização indevida e fraudulenta de seus nomes. Um programa com essa importância e dimensão deveria ser construído de forma coletiva e não atacando o papel social e político de entidades honradas”.

Presidente da Comissão de Defesa da Criança e do Adolescente, o legislador diz se preocupar com a fiscalização e monitoramento de políticas públicas para a garantia do direito da criança de 0 a 6 anos de idade à educação infantil e para acesso ao ensino fundamental: “Reivindicamos a promoção de uma educação de qualidade, inclusiva e socialmente referenciada. Isso não e faz com um PME fraudulento, elaborado sabe-se como e com quais contribuições. Ele é privatista e isso não podemos aceitar”.

Ainda de acordo com Hilton professores e coordenadores pedagógicos da rede municipal de educação da capital baiana já se manifestaram contra texto. Segundo ele “não se constrói um Plano Municipal de Educação sem a participação da categoria, dos que atuam diretamente na área. Não houve diálogo com as entidades e a sociedade em geral. As instituições universitárias já mostraram que não foram participes desse plano nefasto. Há indícios de uma tentativa de fraude para burlar a Lei Orgânica do Município, em seu artigo 198, que impõe a participação da sociedade na elaboração do PME em uma Conferência Municipal de Educação. Exigimos que a tramitação do projeto, que tem previsão de ser votado na próxima terça-feira (14) seja retirada para que se cumpra a lei e se faça um plano educacional digno do nome, democrático e com ampla participação popular”.