Política

CARBALLAL e Trindade trocam acusações contra Rui Costa e ACM Neto

Carballal reclamou da taxação do preço do pescado. Trindade apontou irregularidades no serviço de coleta de lixo no subúrbio
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 10/06/2016 às 20:38
Henrique Carvallal e José Trindade
Foto: LB

Num ano eleitoral como este a esperada troca de acusações entre governo e oposição continua correndo solto na Câmara de Salvador. O hoje governista Henrique Carballal (PV) reclamou da retirada da isenção do Imposto sobre Circulação de Mercadoria e Serviços (ICMS) para o pescado, por parte do Estado, taxando-o em 18%.

De acordo com o verde “com essa medida o governo age como tubarão. O governador Rui Costa vai encarecer o peixe do povo. O impacto disso é desastroso diretamente na mesa do cidadão bem como para os restaurantes. Nos estados do sul e sudeste a alíquota é zero, como era aqui. A nossa moqueca vai ficar mais cara”.

Lixo superfaturado

Já o oposicionista José Trindade (PSL) afirmou que o enriquecimento ilícito da Empresa Torres, coletora de lixo no Subúrbio à prefeitura de Salvador, “é mais uma irregularidade na gestão do prefeito ACM Neto”. Para o edil “é preciso investigar a relação do prefeito com esta empresa, afinal, um gestor que vive criando estratégias para perseguir os adversários não pode ser o tempo todo enganado por comissionados e prestadoras de serviços”.

Segundo ele até vereadores da base do prefeito alertaram através da imprensa sobre qualidade serviços prestados pelos concessionários da limpeza pública em Salvador: “São péssimos serviços, e quais as iniciativas do prefeito, que se autointitula bom gestor, para resolver este problema, nestes três anos?”

O legislador Trindade lembra outros casos de corrupção nesta gestão, a exemplo da comercialização da merenda escolar e desvios de recursos nas secretarias de Saúde, Urbanismo e Combate à Pobreza: “Sem falar do caso Paupeiro, nomeado por ACM Neto mesmo com a suspeita de envolvimento de desvios de recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa da Bahia (Fapesb), no governo do seu aliado Paulo Souto, e de envolvimento como lobista no desvio de recursos da Secretaria Municipal de Educação, o que foi comprovado pelo Ministério Público no terceiro ano desta gestão”.

O Ministério Publica da Bahia (MP) moveu ação contra a Torres por atos contra a administração pública, como prorrogações ilegais de contrato e firmação de aditivo com prazo de vigência retroativo a 2014. A ação requer concessão de medida liminar de indisponibilidade dos bens demandados para garantir o ressarcimento ao erário na quantia de mais de R$ 2 milhões. ”Isso nos faz questionar porque ACM Neto não foi atrás dos recursos desviados da prefeitura de Salvador. Onde está o dinheiro?” questiona Trindade.