O descaso com a falta de professores em colégios estaduais no interior da Bahia, denúncias formuladas ontem pelos deputados Robinho (PP), Adolfo Viana (PSDB) e Luciano Ribeiro (DEM) voltou a pauta na Assembleia na fala do deputado estadual Fábio Souto (DEM), o qual defendeu que o novo secretário da Educação da Bahia, Walter Pinheiro, deve adotar providências imediatas e priorizar a resolução no déficit de professores nas instituições, principalmente escolas instaladas no interior do Estado.

   “Essa é uma situação gravíssima. Uma das coisas mais tristes é o aluno ir à escola, muitas vezes a pé, muitas vezes no lombo de burros, ou em carros inapropriados, estudantes interessados em aprender, e quando chegam na instituição não encontram professores para cumprir o currículo estabelecido. Vários deputados, da base e de oposição, têm ressaltado a ausência de professores do Estado”, destacou Souto.

   O parlamentar enfatizou também o baixo recurso enviado pelo Governo Federal para a educação baiana. “Os parcos recursos que o governo envia para a merenda e o transporte escolar são vergonhosos. Não sabemos como a administração faz esse cálculo tão fora da realidade e manda tão pouca verba para nossos estudantes e nossas escolas. Não é possível as prefeituras suportarem esse baixo investimento na educação da Bahia”, concluiu.

GILMAR FALA SOBRE

WALTER PINHEIRO

   Na avaliação do vereador Gilmar Santiago (PT), ao assumir a Secretaria Estadual de Educação (SEC) o senador licenciado Walter Pinheiro vai ajudar amaterializar a prioridade que o governador Rui Costa dá a educação em seu

governo. “As primeiras declarações de Pinheiro são bastante animadoras: abrir a escola para a comunidade e ocupar as salas vazias, fortalecendo os vínculos coma comunidade. Pelo perfil do secretário, não tenho dúvida de que ele vai

reduzir cada vez mais essa distância”, aposta.

   Com a posse de Pinheiro, Gilmar aposta na implementação da Lei 10.639 que valoriza a cultura afro-brasileira nas escolas. A ampliação do uso da tecnologia nas salas de aulas e o uso do conhecimento das universidades

estaduais para reforçar o ensino médio ajudarão, segundo o vereador, a reverter o quadro das desigualdades sociais e a fortalecer os programas de educação profissional, o Universidade Para Todos, a implantação de um campus da Uneb no subúrbio e a transformar o Colégio Central em um centro de tecnologia educacional.